Para evitar reajuste da tarifa, Dilma desonerará transporte público

Sergipe 247 – A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciará, provavelmente, no Dia do Trabalho, em 1º de maio, um novo pacote de desonerações, desta vez na área de transporte público, para evitar reajuste das tarifas de ônibus, que tem impacto direto na inflação. Entre as medidas, estão o corte de PIS/Cofins para óleo diesel, desoneração da folha de pagamento de empresas de ônibus e cortes de tributos de pneus e maquinário. A informação é da coluna “Painel”, da jornalista Vera Magalhães, do jornal Folha de S. Paulo, na edição desta quinta-feira (21). 

Se confirmado, o pacote de desonerações do transporte público interessa diretamente aos usuários do transporte público da Grande Aracaju e deverá ser analisado pelo prefeito João Alves Filho (DEM) e pelos vereadores da capital, que definirão juntos o reajuste da passagem de ônibus, tema que tem gerado muita polêmica.

Na semana passada, em audiência pública na Câmara Municipal, proposta pelo vereador Iran Barbosa (PT), o representante do Movimento Não Pago, o economista Demétrio Varjão, afirmou que há superfaturamento na planilha apresentada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus (Setransp) e que ao invés de reajustar de R$ 2,25 para R$ 2,52, como querem os empresários, o valor da passagem deveria ser reduzido para R$ 1,82.

Em entrevista ao Sergipe 247, no último final de semana, o superintendente do Transporte e Trânsito de Aracaju, Nelson Filipe, disse que a SMTT também produziu uma proposta de planilha para o reajuste que apresentar diferenças em relação ao projeto apresentado pelo sindicato. As duas planilhas já chegaram ao prefeito e serão encaminhadas aos vereadores.

Em meio a grave crise do transporte público em Aracaju, a notícia da desoneração, que será implementada pelo Governo Federal, é um alento. Se optarem por aguardar a confirmação da medida, prefeito e vereadores poderão até mesmo não reajustar a tarifa de ônibus, como fez no ano passado, o então prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B). Quem não vai gostar da nota publicada nesta quinta-feira na Folha de S. Paulo é o Setransp.