Para o PT “Eunício quer é mídia”

Ceará 247 - O senador Eunício Oliveira (PMDB), derrotado na disputa pelo comando do executivo estadual no ano passado, entrou com novas ações na Justiça, pedindo a cassação do mandato do Governador Camilo Santana, do PT. As novas ações, impetradas através dos partidos da  coligação PMDB, PR, PSDB, DEM, PPS, PSC, PSDC, PTN e PRP,  se referem a denúncias de abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral.

Para o Presidente do PT Ceará, Fco. de Assis Diniz, "o que Eunício quer é mídia”. Segundo ele, o peemedebista não aceita ter perdido o pleito e “está completamente fora do bom senso.” Segundo Assis Diniz, "o Eunício quer levar o pleito, que passou por primeiro e segundo turnos, para o terceiro. Ele perdeu a eleição pela vontade do povo. Ele não tem proposta, não sabe o que fazer com o Ceará”.

Na avaliação do Presidente do PT Ceará, Camilo não está preocupado com essas ações. “Ele está fazendo o trabalho dele, e muito bem. Está dialogando, sempre indo em frente. Ele está preocupado mesmo é em governar e isso ele tem feito”, disse. O presidente estadual do PT disse ainda que logo que o partido for notificado, vai responder judicialmente. A assessoria de comunicação do governador Camilo Santana afirmou que ele não vai se pronunciar sobre o assunto. 

O advogado Vicente Aquino, da coligação de Eunício, informou ao Ceará 247 que são seis ações pedindo a cassação do mandato de Camilo. Dentre as acusações também estão o uso de convênios transferidos de última hora para municípios, compra de votos, uso da máquina pública da Prefeitura de Fortaleza, a veiculação de publicidade institucional no site oficial do Governo Estadual e em redes sociais.

Ainda de acordo com o advogado, além de Camilo Santana, Izolda Cela, Cid, Ivo e Ciro Gomes, o ex-secretário de segurança do Estado, Servilho Paiva, Nelson Martins, e mais uns 10 secretário estaduais da gestão passada já foram citados nos processos. “Temos provas, gravações, filmagens, busca e apreensão.”

Antes da diplomação de Camilo, Izolda, e os outros citados no processo, a coligação Ceará de Todos já havia entrado com quatro ações. Depois da diplomação, a coligação entrou com duas ações de impugnação de mandato eletivo, complementando os temas abordados nas primeiras ações. De acordo com Vicente Aquino, o desembargador Abelardo Benevides, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), relator das quatro primeiras ações, já notificou as partes acusadas para que elas se manifestem.