Para OAB, ação da PM foi desnecessária
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Alagoas, Daniel Nunes, faltou diálogo entre os organizadores do evento e o governo, o que resultou em uma ação truculenta e na prisão de oito pessoas, entre eles um advogado, durante a Marcha da Maconha, em Maceió; já para o secretário de Estado da Defesa Social, Alfredo Gaspar, o procedimento foi realizado da forma correta; “Quando avistei os jovens fumando maconha na orla, liguei para o comandante e disse que tudo tinha limite e que ele enviasse algumas guarnições pra lá. Caso flagrassem alguém fumando maconha, lavrassem o TCO. Discutir a legalização não quer dizer que a maconha está liberada e que pode ser consumida. Essa erva é porta de entrada para outras drogas", explica o secretário
Alagoas247 - O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Daniel Nunes, afirmou nesta segunda-feira (1º) que a ação da Polícia Militar na Marcha da Maconha realizada ontem, na orla de Maceió, foi desnecessária.
Segundo ele, faltou diálogo entre os organizadores do evento e o governo, o que resultou em uma ação truculenta e na prisão de oito pessoas, entre eles um advogado. Para o secretário de Estado da Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar, o procedimento foi realizado da forma correta, com o objetivo de coibir o uso da droga na via pública.
“Tudo aquilo poderia ter sido evitado. Parece que o governo ficou na dúvida se permitia ou não a marcha e de última hora decidiu enviar guarnições da Radiopatrulha e do Bope. Faltou diálogo”, destaca Daniel Nunes, que esteve no Complexo de Delegacias Especializadas (Code) – para onde foram levados os presos - durante a noite.
Para o representante da OAB/AL, não há dúvidas de que houve excessos por parte dos militares que atuaram no evento, onde teria sido apreendida uma pequena quantidade de maconha. “Foi uma ação desnecessária. Com certeza houve excesso de força por parte da polícia. A quantidade de droga apreendida foi insignificante, cabia na palma da mão”, ressalta.
Daniel destaca o direito à livre manifestação dos cidadãos e diz que havia a orientação, por parte dos organizadores, para que os participantes da marcha não utilizassem a erva, a fim de evitar embates com a polícia.
Em relação à prisão do advogado Jonas Cavalcante, por desacato, o membro da OAB destaca que foi desnecessária, já que o profissional estava apenas tentando exercer a sua função e defender os participantes que já haviam sido detidos durante o evento. “Ele tentou intermediar em algumas prisões e acabou preso, algemado e colocado no camburão. Isso não tem justificativa. Eles não respeitaram o livre exercício da atividade do profissional”, pontua.
Versão da Sedres
O secretário Alfredo Gaspar conta que estava passando pela orla quando se deparou com alguns jovens consumindo a droga e, em seguida, avistou a marcha. Foi quando acionou o tenente-coronel Marcus Sampaio, comandante do CPC, para que ele enviasse guarnições ao local.
"A polícia não tinha sido avisada. Estava uma zona. Quando avistei os jovens fumando maconha na orla, liguei para o comandante e disse que tudo tinha limite e que ele enviasse algumas guarnições pra lá. Caso flagrassem alguém fumando maconha, lavrassem o TCO. Discutir a legalização não quer dizer que a maconha está liberada e que pode ser consumida. Essa erva é porta de entrada para outras drogas", afirma o secretário.
Com gazetaweb.com
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