Parecer da UFG condena alterações no Plano Diretor
Professores, ambientalistas e os vereadores Djalma Araújo e Geovani Antônio participaram de audiência pública na quarta-feira para debater o parecer técnico da Universidade Federal de Goiás sobre o novo Plano Diretor da Capital. O documento da UFG diz que as alterações no texto foram redigidas de maneira difusa e subjetiva. Djalma afirma que o novo Plano Diretor abre brechas para que novas construções sejam erguidas em área ambiental
Goiás 247_ O Parecer Técnico da Universidade Federal de Goiás (UFG) sobre a lei de revisão do Plano Diretor de Goiânia foi tema de Audiência Pública na tarde de quarta-feira na Câmara Municipal de Goiânia. O encontro reuniu professores, ambientalistas, moradores e autoridades políticas, que deliberaram para elaboração de projeto de lei que faça o parecer da UFG parâmetro para as mudanças urbanas na cidade.
O vereador Djalma Araújo (PT), autor do projeto, diz que o debate teve o objetivo de esclarecer os pontos polêmicos do projeto, que segundo ele, foi aprovado pela Câmara sem um relatório técnico capaz de esclarecer os reais impactos de trânsito e os ambientais que o novo Plano Diretor pode gerar na Capital a curto, médio e longo prazo.
Segundo Djalma, este foi apenas o primeiro debate de muitos, e que a intenção é que a partir dos encontros seja formalizado um documento e encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Justiça, Ministério Público Estadual e Federal solicitando a revogação da lei.
Conforme o professor Camilo Wladimir, o documento da UFG, elaborado por especialistas de diversas áreas, condena as mudanças que estão sendo aplicadas e aponta que Goiânia poderá sofrer com a falta de água nos próximos anos, além dos impactos de trânsito e vizinhança provocados pela alteração no grau de incomodidade de várias vias da Capital.
Segundo o parecer, as alterações realizadas no Plano Diretor de Goiânia foram redigidas, de uma forma geral, de maneira difusa e subjetiva. "Este fato deixa brechas e dúvidas a quem irá implementar e interpretar tal Lei, tornando-a suscetível a usos e consequências impossíveis de previsão", diz Djalma.
Hypermarcas
Representante da AMMA, o advogado Fernando Sales, disse que a indústria tem licença prévia emitida pela AMMA autorizando a obra. Ele disse também que se a Hypermarcas oferecer as condições necessárias e legais, poderá ter também a licença para instalação das atividades industriais.
Para Djalma Araújo, as informações são conflitantes, pois a Hypermarcas encontra-se em área de proteção ambiental e oferece sérios riscos ao meio ambiente e provocará sérios impactos de vizinhança e trânsito.
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