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Partidos menores ameaçam debandada da candidatura Lacerda

Agremiações como o PSL e o PRP, entre outras, são ligadas ao PSDB, que está em crise atualmente na coligação pela reeleição do atual prefeito de Belo Horizonte. Principal atrito é em relação ao desejo do PT de entrar na chapa também para vereadores

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Minas 247 - Nos últimos dias, aumentaram os rumores de que as desavenças entre os principais partidos aliados do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSDB), poderiam levar a uma saída dos tucanos da coligação pela reeleição em outubro. Por enquanto, tudo não passa de rumores, negados em público pelas lideranças do partido - mas os problemas são admitidos nos bastidores, o principal deles a insistência do PT em coligar-se também na chapa para vereadores, o que não é aceito pelos tucanos.

Se o problema ficar mais sério e levar até a uma saída do PSDB as coisas ficariam mais difíceis ainda para Lacerda. Além do apoio dos tucanos, ele poderia perder o dos partidos menores que sustentam seu “chapão” de quase 20 agremiações em torno da reeleição.

Leia abaixo a matéria da jornalista Amália Goulart, do jornal Hoje em Dia:

A possível saída do PSDB da coligação pela reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB)implicaria na implosão da aliança em torno do socialista. Isso porque a maior parte dos nove partidos de pequeno e médio portes, que já sinalizaram apoio a Lacerda, deverão abandonar a composição. Os tucanos podem sair da aliança caso a legenda do prefeito não monte chapa em conjunto com o PSDB para a eleição de vereadores.

O problema do socialista é que o PT tem a mesma intenção, apesar de não ter sob seu guarda-chuvas as legendas nanicas. O argumento petista é o acordo firmado entre o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, e o ex-presidente Lula para reeleger a presidente Dilma Rousseff, em 2014.

Como o senador Aécio Neves (PSDB) se viu traído pela aliança de Campos com Lula, teria iniciado uma articulação para desidratar a campanha de Lacerda. Além disso, aumentou a pressão sobre as reivindicações tucanas na chapa, a começar
pela coligação proporcional. Aécio já negou as articulações, porém deixou claro que os partidos que hoje lançarão candidaturas contra Lacerda são de sua base de apoio.

Agora, um novo movimento promete colocar ainda mais lenha na fogueira. Se o PSDB deixar a coligação socialista, levará consigo grande parte dos partidos que declararam união com o socialista. Todos eles são ligados a Aécio Neves e a maior parte possui quadros lotados na administração do governador Antonio Anastasia (PSDB). “O PSDB trouxe Marcio Lacerda para a política e fomos juntos. Acredito que vai haver um acordo bom. Senão, vai dividir bastante (os partidos). Aí, teremos que repensar nossa decisão de apoiar o prefeito”, afirmou o presidente estadual do PSL, Agostinho Neto. A sigla possui hoje dois vereadores. Estratégia semelhante tem o PRP. “Tivemos uma conversa com Marcio para apoiá-lo. Isso foi em outro cenário, há dois, três meses. Estamos com ele, mas não está 100%. Vamos esperar a decisão do PSDB”, afirmou o vereador João Oscar (PRP). A presidente do PPS, deputada estadual Luzia
Ferreira, também informou que o partido que dirige terá que “repensar a decisão” de caminhar com Lacerda, caso o cenário mude e os tucanos desistam do socialista. Além do PPS, PHS e PRP, são ligados aos tucanos o PMN, PP, PR, PRTB, PTC e PTdoB.

“Existe um conjunto de partidos que, se tivéssemos outra posição, eles certamente nos apoiariam. Mas não é o caso. Nossa aliança (com Lacerda) é sólida”, desconversou o presidente estadual do PSDB, deputado Marcus Pestana. Como adiantou o Hoje em Dia, o senador Aécio Neves já manteve conversas com o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) e o deputado estadual Délio Malheiros (PV), ambos pré-candidatos à PBH.

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