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Passeata destaca direitos do trabalhador e rejeita golpe

O Dia do Trabalhador foi celebrado neste domingo (1) com passeata pelas ruas de Fortaleza. Centrais sindicais e movimentos sociais alertaram para a possível retirada de direitos a partir de projetos que tramitam no Congresso Nacional, reafirmaram posição contrária ao impeachment da presidente Dilma e criticaram o golpe armado por Michel Temer e Eduardo Cunha

O Dia do Trabalhador foi celebrado neste domingo (1) com passeata pelas ruas de Fortaleza. Centrais sindicais e movimentos sociais alertaram para a possível retirada de direitos a partir de projetos que tramitam no Congresso Nacional, reafirmaram posição contrária ao impeachment da presidente Dilma e criticaram o golpe armado por Michel Temer e Eduardo Cunha (Foto: Rodrigo Rocha)
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Edwirges Nogueira, da Agência Brasil - Centrais sindicais e movimentos sociais celebraram neste domingo (1º), na periferia de Fortaleza, o Dia do Trabalho. Os grupos caminharam pela Avenida Leste-Oeste, no bairro Pirambu, em direção à Barra do Ceará, num percurso de cerca de 6 quilômetros. Neste ano, os manifestantes voltaram a atenção para a possível retirada de direitos a partir de projetos que tramitam no Congresso Nacional.

Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) informa que há no Legislativo 55 proposições que afetam direta e indiretamente o trabalhador, como a regulamentação da terceirização para todas as áreas e a extinção dos conceitos de jornada exaustiva de trabalho degradante da lista de fatores que caracterizam o trabalho análogo à escravidão.

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará, Wil Pereira, os projetos, que beneficiam apenas os empregadores, integram a proposta de governo do vice-presidente Michel Temer, se assumir a Presidência, caso seja aprovado o  impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Quem tomar conhecimento desses 55 projetos verá que eles dialogam com o empresariado e retiram direitos. A maior proposta é o estado mínimo, onde poucos serão privilegiados”, afirmou Pereira.

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Para o presidente a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Ceará, Luciano Simplício, os projetos representam um retrocesso na história trabalhista. “Vai ser a guilhotina contra o pescoço, e o pescoço é o trabalhador. Será um retrocesso nos direitos trabalhistas, pois querem rasgar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho].”

O ato do Dia do Trabalho também reafirmou a posição das centrais e dos movimentos contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e rejeitou um possível governo de Michel Temer, em conjunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Os atores Carlos Alves e Mikael Oliveira, da trupe Tramas de Teatro, levaram para a passeata dois personagens baseados em Temer e Cunha. Com máscaras e pistolas d'água, eles rendem um trenzinho puxado a reboque por um carro e apontam armas de brinquedo para as pessoas.“Tivemos um impeachment anunciado e comandado por pessoas que não tinham nada para fazê-lo. A mesa era presidida por um ladrão, os votos dados por ladrões, e nós ficamos acuados diante de um golpe que dizem que é legal. Os personagens não falam, eles só tomam o trem de assalto, que é o que estão fazendo com o país”, explicou Alves.

Matheus Figueiredo, da coordenação estadual do Núcleo Popular, disse que a possibilidade de um governo comandado pelo PMDB ameaça conquistas ligadas à educação e à qualificação profissional.

“Existe hoje uma realidade em que a juventude tem oportunidade de se tornar trabalhadora e, mais do que nunca, de ser trabalhadora qualificada. Neste momento em que todos os avanços estão ameaçados pelo Ponte para o Futuro, que, na verdade, é um túnel para o passado e uma ponte para o inferno. A gente não tem como não reagir a isso.” Uma Ponte para o Futuro é o nome de um documento apresentado em outubro do ano passado pelo PMDB com uma série de propostas para a retomada do crescimento da economia brasileira.

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