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Pede pra sair, pede pra sair

o bordão do Capitão Nascimento no filme "Tropa de Elite" cabe bem no processo da briga entre PT e PSB em Pernambuco, Os secretários estaduais ligados ao PT, Isaltino Nascimento e Fernando Duarte, Transportes e  Cultura, respectivamente, estariam sofrendo pressões para entregarem os cargos; Governador Eduardo Campos (PSB) não deverá pedir que eles deixem os postos, mas também não hesitará em aceitar caso os mesmos peçam para sair

Pede pra sair, pede pra sair

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Paulo Emílio_PE247- Com o acirramento dos ânimos na reta final destas eleições, o clima entre PT e PSB, que embora rivais no pleito, partilham cargos nas administrações estadual e municipal, a temperatura começa a subir. De acordo com fontes ligadas aPpalácio do Campo das Princesas,  os secretários estaduais ligados ao PT, Isaltino Nascimento e Fernando Duarte, Transportes e  Cultura, respectivamente, estariam sofrendo pressões para entregarem os cargos. “Existe uma certa pressão por parte de alguns grupos do PSB. mas o governador Eduardo campos não vai pedir o cargo de ninguém, até para corroborar o discurso que tem feito ao PT Nacional de que a disputa é apenas municipal. Mas se eles entregarem os cargos, o Governador vai aceitar sem maiores questionamentos”, diz a fonte que prefere não ser identificada.

Segundo esta mesma fonte, as animosidades entre as legendas aumentaram desde que o PSB resolveu lançar candidatos próprios em várias capitais. Quando Humberto Costa foi ungido pela direção nacional do PT para disputar à Prefeitura do Recife, esta situação se deteriorou rapidamente. Humberto, que começou liderando a corrida sucessória, hoje encontra-se em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Geraldo Júlio (PSB) e de Daniel Coelho (PSDB).  Acossado, Costa – que também integrou o primeiro escalão da administração estadual - partiu para o ataque. As críticas irritaram o presidente do PSB, governador Eduardo Campos, que rebateu pessoalmente e também no guia eleitoral os ataques de Humberto.

“Foi daí que as pressões para que o PT entregasse os cargos começaram a ficar mais fortes. Não que os secretários deixem de ser recebidos ou de terem seus pedidos atendidos, mas existe uma fila de insatisfeitos com a participação do PT no Governo e com os ataques que Geraldo Júlio vem sofrendo e que não deixariam, como não estão deixando, passar em branco  a oportunidade de pedir a saída do PT do Governo do Estado”, observa.

Neste caso, Eduardo estaria levando o caso em “banho-maria”, evitando uma fritura explícita que poderia voltar a refletir no relacionamento entre as duas  legendas no plano nacional. Vale ressaltar que, depois de um longo período de atritos, PT e PSB voltaram a se entender a ensaiar uma reaproximação há poucas semanas, quando Eduardo campos foi um dos primeiros presidentes de partidos políticos a defender o ex-presidente Lula de ataques sofridos por parte de alguns veículos de comunicação.

Em paralelo a esta situação, até mesmo o senador e candidato petista Humberto Costa anda cobrando um posicionamento mais efetivo por parte dos correligionários que ocupam postos na administração estadual.  Para ele, o mais natural seria que o governador pedisse os cargos de volta. “Ele não precisa fazer pressão, nem mandar recados. É só pedir os cargos de volta”, disse em entrevista. Com isso, Costa passa a responsabilidade para Campos de colocar ou não um ponto final na aliança entre os dois partidos.

A situação anda tão tensa que o ministro da secretaria geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em visita ao Recife neste final de semana tentou colocar panos quentes sobre a situação e manter a estabilidade da ligação entre as legendas. “Essa aliança (com o PSB) é muito cara para nós, o que não significa que não haja debates radicalizados em cada município”, disse. “Tem que se ter maturidade na política, não ir com muita sede ao pote. O projeto nacional é tão importante que não podemos sacrificá-lo em função de determinados interesses. Agora, insisto, o melhor candidato é Humberto. Não vim para falar mal do outro, mas para falar bem do melhor”, comentou.

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