Pedro Corrêa condenado na ação penal 470
O ex-deputado federal e ex-presidente do PP, o pernambucano Pedro Corrêa, foi acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva no chamado escândalo do Mensalão (Ação Penal 470); Voto foi do relator Joaquim Barbosa
Leonardo Lucena_PE247 – Um pernambucano condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo relator Joaquim Barbosa no julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida como Mensalão. O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) foi acusado de lavagem de participação em um esquema de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva, por ter recebido uma propina de R$ 4,1 milhões, entre 2003 e 2004, para apoiar o Governo Lula.
Pedro Corrêa é o único pernambuco entre os 37 réus do Mensalão, escândalo de corrupção ocorrido em 2005. Junto com ele foram condenados o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e o ex-assessor da legenda João Cláudio Genu, que, segundo Barbosa, teria feito empréstimos no Banco Rural para o fornecimento de propina.
Além disso, as denúncias dão conta de que a corretora Bônus Banval, cujos sócios são Enivaldo Quadrado e Breno Fishberg, foi contratada para trabalhar em favor dos parlamentares na lavagem de dinheiro. Dessa forma, a verba era direcionada a domicílios indicados pelos políticos.
O caso se caracteriza pelo fato de parlamentares da base aliada do Congresso Nacional terem comprado votos de outros congressistas para que os mesmos apoiassem projetos do Governo. Neste esquema, o publicitário Marcos Valério é acusado de ser o “pivô” do escândalo, pois o empresário contraía empréstimos de instituições como o Banco Rural, o Banco do Brasil e o BGM, que seriam entregues aos políticos envolvidos no esquema. Estes, posteriormente, reembolsavam indiretamente, através de empresas, para “abafar” as irregularidades.
O Mensalão é tido como o maior escândalo de corrupção do Governo Lula, o que levou a oposição a tentar o impeachmant do ex-presidente. A condenação de Corrêa veio em um momento, no qual os relatores do processo começam as “pescar os peixes grandes”. Dentre eles, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o presidente da sigla, na época, José Genoino, e José Dirceu, que em 2005 era Chefe da Casa Civil.
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