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Pesquisa revela vulnerabilidade para transtornos psicóticos

Um estudo internacional realizado em cinco países europeus e no Brasil sobre a incidência de transtornos psicóticos constatou que homens jovens, minorias étnicas e moradores com baixos indicadores socioeconômicos têm maior propensão a apresentar um primeiro episódio psicótico; segundo divulgou a Agência Fapesp, isso significa que esses grupos populacionais estão mais predispostos à manifestação inédita de transtornos mentais que incluem esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e depressão com sintomas psicóticos, como alucinações, ideias delirantes e desorganização do pensamento

Um estudo internacional realizado em cinco países europeus e no Brasil sobre a incidência de transtornos psicóticos constatou que homens jovens, minorias étnicas e moradores com baixos indicadores socioeconômicos têm maior propensão a apresentar um primeiro episódio psicótico; segundo divulgou a Agência Fapesp, isso significa que esses grupos populacionais estão mais predispostos à manifestação inédita de transtornos mentais que incluem esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e depressão com sintomas psicóticos, como alucinações, ideias delirantes e desorganização do pensamento (Foto: Saúde 247)
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Radis Comunicação e Saúde - Um estudo internacional realizado em cinco países europeus e no Brasil sobre a incidência de transtornos psicóticos constatou que homens jovens, minorias étnicas e moradores com baixos indicadores socioeconômicos têm maior propensão a apresentar um primeiro episódio psicótico. Segundo divulgou a Agência Fapesp (9/1), isso significa que esses grupos populacionais estão mais predispostos à manifestação inédita de transtornos mentais que incluem esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e depressão com sintomas psicóticos, como alucinações, ideias delirantes e desorganização do pensamento.
 
“O estudo confirmou que a incidência do primeiro episódio psicótico varia muito entre grandes centros urbanos e regiões mais rurais e indicou que os fatores determinantes centrais para essa grande variação são, provavelmente, ambientais”, afirmou Paulo Rossi Menezes, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e um dos coordenadores da pesquisa no Brasil. Ao comentar os resultados, o pesquisador disse que, até o final do século 20, acreditava-se que os principais fatores etiológicos (origem e causa) desse tipo de transtorno seriam genéticos. “Mas os dados do estudo apontam que os fatores ambientais desempenham um papel muito relevante”, declarou.
 
Realizada em 17 centros urbanos e rurais dos seis países participantes entre 2010 e 2015, a investigação identificou 2.774 pacientes que apresentaram um primeiro episódio de transtornos psicóticos, dos quais, 1.578 eram homens e 1.196, mulheres, com idade média de 30 anos. As análises dos dados indicaram uma variação de oito vezes na incidência dos transtornos psicóticos entre as áreas estudadas. Enquanto em Santiago, na Espanha, a incidência foi de seis novos casos por 100 mil habitantes por ano, em Paris, na França, o número subiu para 46 novos casos anuais, também por 100 mil. Na região de Ribeirão Preto, onde o levantamento foi realizado no Brasil, a incidência foi de 21 novos casos por 100 mil habitantes por ano. 
 
Também foi constatada alta incidência de primeiro episódio psicótico em minorias étnicas e em áreas com menor porcentagem de casas ocupadas por seus proprietários. Para Menezes, isso sugere que as condições socioeconômicas das pessoas e do ambiente onde vivem têm papel importante. Os pesquisadores pretendem agora analisar os dados sobre o histórico de vida dos pacientes e compará-los com controles da população (pessoas que não apresentaram esse quadro) a fim de verificar os fatores de risco para o desenvolvimento de um primeiro episódio psicótico. 
 
A matéria da Agência Fapesp chama atenção ainda para o fato de que transtornos psicóticos são responsáveis por uma proporção significativa da carga global de doenças, em razão da incapacitação que causam. Os resultados da pesquisa, que no Brasil contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foram publicados em artigo na JAMA Psychyatry, renomada revista da Associação Médica Americana. 

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