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Pesquisadores da UFAL desenvolvem pomada que cura o HPV

O remédio fitofarmacêutico foi obtido a partir de um extrato da casca do barbatimão-verdadeiro, uma árvore muito comum no litoral brasileiro e que a medicina popular usa como cicatrizante, bactericida, anti-inflamatório e antisséptico. Um estudo de 12 anos permitiu à equipe da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) verificar a eficácia da planta para tratar as verrugas genitais, que são o principal sintoma do vírus e cujo atual tratamento inclui até cauterização. A pomada desenvolvida conseguiu eliminar sem dores nem problemas colaterais as verrugas de todos os 46 pacientes que foram tratados nos testes clínicos.

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Alagoas247 - Um remédio fitofarmacêutico desenvolvido por pesquisadores brasileiros a partir da casca de uma árvore é capaz de eliminar totalmente, sem dores nem efeitos colaterais, as verrugas genitais causadas pelo vírus do papiloma humano (HPV), a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo. “A partir de um produto natural que é utilizado como medicamento pelos índios há séculos obtivemos uma pomada que alcançou uma eficácia de 100% nos casos de verrugas genitais e perianais que tratamos", disse à Agência Efe o médico Luiz Caetano, pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e um dos coordenadores de medicina.

O fitofarmacêutico foi obtido a partir de um extrato da casca do barbatimão-verdadeiro (Stryphnodendron adstringens), uma árvore muito comum no litoral brasileiro e que a medicina popular usa como cicatrizante, bactericida, anti-inflamatório e antisséptico.O extrato também é conhecido por sua capacidade de contrair o tecido do canal vaginal, por isso em algumas regiões é conhecido como a "casca da virgindade", o que fez com que os pesquisadores da UFAL se interessassem por experimentar sua capacidade para contrair os tecidos das verrugas.

Um estudo de 12 anos permitiu à equipe de Caetano verificar a eficácia da planta para tratar as verrugas genitais, que são o principal sintoma do vírus e cujo atual tratamento inclui até cauterização. “Alguns dos tratamentos existentes para as verrugas são invasivos; podem afetar áreas divisórias e causam a deformação do tecido, entre outros problemas. Além disso, seu índice de cura é de no máximo 75%, mas com relatos de ressurgimento das lesões", explicou o especialista.

De acordo com Caetano, a pomada desenvolvida pela UFAL conseguiu eliminar sem dores nem problemas colaterais as verrugas de todos os 46 pacientes que foram tratados nos testes clínicos.A fórmula secou as verrugas em apenas dois meses até reduzi-las a finas lâminas que podem ser retiradas com facilidade e sob as quais o tecido se. cicatriza. Sem dificuldades.“Entre os pacientes tratados havia homens, crianças, mulheres grávidas, idosos e até portadores do vírus da AIDS, ou seja, pessoas com imunodeficiência, e todos tinham o diagnóstico da doença", relatou Caetano.“Os pacientes foram submetidos a revisões médicas durante três anos e no final do processo foi verificada a eliminação completa das verrugas sem ressurgimento de lesões. No local tratado não ficaram manchas nem qualquer indício de lesão", acrescentou.

Os médicos também estão fazendo testes para tratar alguns tipos de câncer provocados pelo HPV, vírus considerado uma das principais causas do câncer do colo do útero, de pênis e do ânus. Atualmente existe no comércio uma vacina que imuniza com relativo sucesso as mulheres contra o HPV, mas até agora não há nenhum produto que trate o câncer causado pelo vírus. “Nosso trabalho para tratar o câncer do colo do útero com a fórmula é incipiente, mas mostra grandes possibilidades de sucesso. No entanto ainda são necessários muitos testes e estudos antes de anunciar qualquer coisa", afirmou.

Segundo Caetano, um dos experimentos conseguiu reduzir o nível de gravidade de câncer no colo do útero de uma paciente do grau 2 até o grau 1. Apesar dos testes também mostrarem que a substância é capaz de reduzir a carga viral do HPV e diminuir o volume de vírus no organismo, os pesquisadores até agora não pensaram em experimentá-la para tratar diretamente o vírus. Caetano acrescentou que os resultados dos estudos foram publicados em cerca de 150 países e que a UFAL já solicitou a patente sobre a fórmula no Brasil, um processo que pode demorar cerca de quatro anos, assim como nos Estados Unidos.

 “Quanto à comercialização, já estamos em negociações com três laboratórios brasileiros para a possível colocação do produto no mercado interno, o que ainda depende da aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", declarou. 

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