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Pestana ao 247: "Dilma tem vocação para o erro"

Em entrevista ao 247, o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) afirmou que a presidente Dilma está assustada com o fortalecimento das candidaturas do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do governador Eduardo Campos, do PSB, e da ex-senadora Marina Silva, da Rede; "Dilma não é do ramo e vai enfrentar profissionais da política", avisa; segundo ele, os "erros" na economia e na política praticamente já garantem um segundo turno; além disso, ele enxerga o fim do ciclo bolivariano na América Latina; confira

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Minas 247 - Braço direito do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) concedeu entrevista exclusiva sp 247 para, assim como o presidenciável tucano, rebater acusações de que, hoje, o PSDB estaria torcendo contra o Brasil, como insinuou a presidente Dilma Rousseff, dias atrás, no Palácio do Planalto. "Eles foram contra o Plano Real, que estabilizou a moeda, contra o Proer, que deu solidez ao sistema financeiro, contra o governo Itamar Franco, que ocorreu num momento de união nacional, e contra a eleição de Tancredo Neves, quando fizeram o jogo do Paulo Maluf", disse ele ao 247. "É muita hipocrisia e muito cinismo argumentar o contrário".

Pestana falou ainda sobre a eleição presidencial de 2014 e disse que a presidente Dilma Rousseff está cada vez mais assustada. "Ela não é do ramo, não é da política, e está percebendo que terá que enfrentar profissionais em 2014, como o senador Aécio Neves e o governador Eduardo Campos, além da carismática senadora Marina Silva", afirma. Sobre a restrição a novos partidos, ele tem buscado uma espécie de meio termo. "É evidente que é preciso acabar com essa farra partidária e disciplinar a questão", afirma. "Ocorre que o partido do Gilberto Kassab, o PSD, foi criado ontem e o governo ofereceu mundos e fundos; agora, faz de tudo para esmagar a Rede e o Mobilização Democrática".

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O deputado tem plena confiança de que haverá segundo turno. "O potencial máximo da presidente Dilma é de 52% dos votos e vai cair com a sucessão de erros que vêm sendo cometidos", diz ele. Ele os aponta na política, na relação conflituosa com aliados, e também na economia. "O viés dela é bem menos pragmático do que o do presidente Lula e bem mais intervencionista; por isso mesmo, o Brasil deixou de ser a bola da vez há muito tempo". Segundo Pestana, o Brasil ia bem quando a economia estava sob a guarda de Henrique Meirelles, no Banco Central, e Antonio Palocci, na Fazenda.

Ele enxerga ainda sinais promissores, para o PSDB, que vêm de outros países da América Latina. "A Venezuela e o Paraguai estão mostrando que o ciclo bolivariano chegou ao fim", afirma. "O populismo desorganiza a economia e isso já está visível também na Argentina". No Brasil, diz ele, a mesma percepção irá se consolidar em breve.

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Pestana também enviou um texto sobre a entrevista de José Guimarães (leia aqui), líder do PT na Câmara, em que ele rebate entrevista do senador Aécio Neves ao 247 (confira aqui). Abaixo, o texto do deputado:

Gostaria de dividir como os leitores do Brasil 247 a minha perplexidade com a entrevista do líder do PT José Guimarães publicada ontem nesse portal.

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Quando da eleição do deputado José Guimarães para a liderança do seu partido na Câmara dos Deputados, era visível o desconforto na sua bancada. Na época, imaginei que isso se devesse ao desgaste que as suas circunstâncias familiares: um irmão condenado no escândalo do mensalão e outro ligado ao episódio nacionalmente conhecido como "o dólar na cueca" poderiam trazer ao partido.

Vejo agora que o desconforto dizia respeito ao despreparo do deputado. Só isso para explicar a deselegância e os erros políticos cometidos na entrevista.

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Ao dizer que o PT se orgulha de não ter votado em Tancredo Neves, o deputado comete dois graves erros políticos: primeiro não avaliou o significado dessa declaração para milhões de democratas brasileiros e, em especial, para milhões de mineiros.

Segundo, coloca sob suspeita a sinceridade da presidente Dilma que, no afã de convencer o estado das suas raízes mineiras, correu a visitar o túmulo de Tancredo em São João Del Rey para render as suas homenagens pessoais e políticas ao ex-presidente.

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É risível o comentário de que o plano real seria de Itamar e não de Fernando Henrique como se um não fosse ministro da Fazenda do outro e não houvesse ali uma responsabilidade e um mérito compartilhado.

Tentar intrigar Aécio e a memória de Itamar é, de novo, não entender nada da política mineira. Basta dizer que um dos últimos comentários feitos pelo ex-presidente no hospital era de que não poderia morrer naquele momento porque precisava ver Aécio subindo rampa do planalto.

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Mas o desastre maior da entrevista está nos comentários sobre inflação. Aparentemente munido de uma calculadora ele compara a inflação do período de FHC e do governo do PT, como se realidades tão diferentes, conjunturas econômicas tão diferentes, pudessem ser comparadas matematicamente. Nenhuma palavra sobre as crises do período FHC nem sobre a recusa do PT em apoiar o Plano Real, torcendo pelo pior para o Brasil.

No mais, o PT precisa se curar da sua obsessão com FHC.  A presidente Dilma a cada entrevista, se refere ao ex-presidente. O deputado passou grande parte da sua falando dele. Que fascínio é esse  que o ex-presidente exerce sobre o PT? Acho que está faltando divã na política brasileira.

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