Petrobras continua em pauta na Assembleia

Ceará 247 - A decisão da Petrobras de não mais implantar a Refinaria Premiun II continua dominando boa parte dos debates esta semana. Na Assembleia Legislativa o debate tem sido acirrado, com deputados de situação e de oposição batendo duro na estatal. Hoje, o assunto voltou à baila na sessão da Assembleia, em função das novas denúncias da Operação Lava Jato, divulgadas ontem, 5 de fevereiro, envolvendo o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O deputado estadual Ely Aguiar (PSDC) direcionou sua fala para acusar fortemente o Partido dos Trabalhadores, afirmando que é por causa da corrupção do partido que faltam recursos para a refinaria e outras ações. Ely Aguiar foi rebatido pelo deputado Elmano de Freitas, que destacou ser a ampla maioria, 99,9 % do PT feita de gente séria e de bem. "Se no PT, alguém se desviou do caminho correto, o PT não aceita. A origem da corrupção está no financiamento privado de campanha e não apenas no PT. É necessário mudar essas regras. Para isso é preciso fazer a Reforma Política".

As acusações contra Vacccari foram feitas pelo executivo Pedro Barusco, que assumiu desviar recursos da Petrobras desde 1997, no governo FHC. Em seu depoimento ele estima que o PT teria recebido US$ 200 milhões em propinas, sem entretanto ter apresentado qualquer prova. Ontem mesmo, a defesa de Vaccari, através do advogado Luiz Flávio Borges D’Urso divulgou nota afirmando que seu cliente "há muito ansiava pela oportunidade de prestar os esclarecimentos que nesta data foram apresentados à Polícia Federal, para de forma cabal, demonstrar as inúmeras impropriedades publicadas pela imprensa nos últimos meses, envolvendo seu nome".

A nota reafirma que o "Partido dos Trabalhadores – PT, não tem caixa dois, nem conta no exterior, que não recebe doações em dinheiro e somente recebe contribuições legais ao partido, em absoluta conformidade com a Lei, sempre prestando as respectivas contas às autoridades competentes".