PF fecha clínica com botox ilegal em BH
A toxina ilegal era comprada por at R$ 400 e revendida aos pacientes por R$ 1 mil. Uso de substncia falsificada, alm de ser ineficaz no tratamento esttico, pode causar necrose de tecidos
Minas 247 - Operação da Polícia Federal prendeu em flagrante uma clínica que oferecia botox irregular em Belo Horizonte. A ação fazia parte de operação em oito estados, incluindo Minas Gerais, que levou à prisão nove pessoas e apreendeu lotes de toxina botulínica sem rótulo, validade ou nota fiscal.
O botox é hoje uma das substâncias mais usadas no Brasil em tratamentos estéticos. O uso de toxina falsificada pode causar danos, inclusive necrose de tecidos. Em todo o país, 66 médicos e esteticistas serão intimados para esclarecimentos. Eles responderão por crime contra a saúde pública, contrabando e formação de quadrilha, podendo pegar 22 anos de prisão.
Na capital mineira, duas pessoas (da mesma clínica) foram surpreendidas pela operação da PF na cidade. Elas foram levadas por suspeita de envolvimento na distribuição irregular do botox. Na clínica, foram encontradas unidades sem rótulo e validade.
Além de Minas, a operação Narke (palavra grega relacionada a narcisismo) atuou em São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Piauí. As investigações começaram há nove meses, a partir de Pernambuco. A PF constatou que várias toxinas continuam apenas uma mistura de álcool e água, com pouquíssima quantidade de botox. As unidades eram vendidas aos médicos por R$ 350 a R$ 400, e eles revendiam aos pacientes por cerca de R$ 1 mil.
Nos últimos anos, a procura pelo botox para manter a aparência jovem cresceu enormemente. O cenário econômico de crescimento e as facilidades ténicas ajudaram. Ouvido pelo jornal Estado de Minas, o cirurgião Cláudio Salum Castro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (regional MG), lembrou que procura dobrou nos últimos cinco aos. "Agora, não preciso mais esperar dois a três pacientes, posso aplicar quando quiser, pois houve melhorias na durabilidade e na ação. Hoje, há produtos mais estáveis que podem ficar fora da geladeira. Além disso, as mudanças na economia deram às classes mais baixas condições de parcelar e fazer o procedimento também", disse ele ao jornal mineiro.
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