PF investiga perita que atua em Alagoas
Em Alagoas, a operação Lapa de Pedra, desencadeada em vários estados e no Distrito Federal, que investiga um esquema de fraudes contra o INSS, tem como suspeita uma médica perita que era lotada na cidade de Formosa, em Goiás, mas que foi transferida para Maceió; em depoimento aos federais, ela teria confessado participação no esquema de fraude contra a Previdência Social em Goiás; no entanto, os investigadores vão verificar se os atos ilegais também estavam sendo praticados aqui no estado
Alagoas247 - Em Alagoas, a operação Lapa da Pedra identificou que o esquema de fraude contra o INSS tinha como suspeita uma médica perita que é era lotada na cidade de Formosa, em Goiás, mas que foi transferida para Maceió há um tempo. A profissional foi conduzida, coercitivamente, para a sede da superintendência regional da Polícia Federal (PF), no bairro de Jaraguá, para ser ouvida, na manhã desta terça-feira (23). O veículo HB20, de propriedade dela, foi apreendido pelos policiais federais.
De acordo com a PF, a médica não foi presa e nem ficará. Os policiais apenas cumpriram um dos mandados judiciais na residência dela e recolheram documentos e o veículo. Ela também foi convidada para ser interrogada pelo delegado de plantão e responsável pela operação em Alagoas.
No depoimento, a médica teria confessado participação no esquema de fraude contra a Previdência Social. No entanto, as irregularidades não foram cometidas em Alagoas, mas em Goiás. A partir de agora, os investigadores vão verificar se os atos ilegais também estavam sendo praticados aqui no estado.
A profissional, embora não tenha recebido voz de prisão, vai ser monitorada pela polícia e ficará à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos. A investigação em torno da fraude que teria causado um rombo de R$ 170 milhões nas contas do INSS. Cerca de 300 policiais federais foram mobilizados para cumprir 78 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e 70 de condução coercitiva nas regiões. Também participam da ação 60 servidores da Previdência Social.
Área de atuação
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Maceió, Formosa (GO), Goiânia (GO), Palmas (TO), Uberlândia (MG), Buritis (MG) e Distrito Federal. Em nota, a PF informou que as investigações começaram após a corporação constatar uma fraude de R$ 6 milhões, atingindo 51 benefícios. O centro do esquema, conforme foi detectado pela PF, seria em Goiás, com vertente nos demais estados, inclusive em Alagoas. Em nota, a PF informou que as investigações começaram após a corporação constatar uma fraude de R$ 6 milhões, atingindo 51 benefícios.
Na segunda fase de apuração, o montante do prejuízo passou para R$ 31 milhões, em aproximadamente 400 benefícios. A PF informou que, se todos os fraudadores recebessem seus benefícios indevidamente até a expectativa de vida de cada um, o prejuízo poderia chegar a cerca de R$ 170 milhões.
Na segunda fase de apuração, o montante do prejuízo passou para R$ 31 milhões, em aproximadamente 400 benefícios. A PF informou que, se todos os fraudadores recebessem seus benefícios indevidamente até a expectativa de vida de cada um, o prejuízo poderia chegar a cerca de R$ 170 milhões.
Duas frentes
Informações repassadas pela PF dão conta de que a fraude atingia benefícios urbanos e rurais. Para desviar os recursos públicos, a investigação apontou que alguns servidores da Previdência Social inseriam dados falsos em sistemas previdenciários, concedendo benefícios a quem não tinha direito, informou.
Os benefícios rurais eram concedidos com auxílio de declarações falsas do Sindicato Rural local, segundo as investigações. O esquema criminoso contava com apoio de despachantes, contadores, empresários, atravessadores junto ao INSS, podendo ter a participação de advogados. Os valores repassados podem ser suspensos após intervenção.
As fraudes já devem durar mais de dez anos. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação previdenciária, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa.
'Lapa da Pedra'
A operação foi batizada de "Lapa da Pedra" em referência a um sítio arqueológico em Formosa, em Goiás, cujas marcas deixadas pelos paleolíndios possibilitaram sua descoberta. O mesmo ocorreu com "as marcas deixadas pela organização criminosa", diz a PF.
Com gazetaweb.com e assessoria da PF
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: