Pimentel: Brasil é maior que essa 'disputa rasteira'

Minas 247 - O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), também se juntou aos demais chefes de estados a condenarem a ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que aceitou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista coletiva nessa quinta-feira, 3, Pimentel lamentou que "o caminho escolhido pelos setores do país que querem, a qualquer custo – mesmo que este custo seja a democracia - o impeachment da presidenta Dilma Rousseff".

"O impeachment é, de fato, uma ferramenta prevista na Constituição Federal, mas não tem qualquer aplicação jurídica justificável no caso do Brasil hoje. Não há qualquer indício de crime de responsabilidade em relação à presidenta Dilma, que é uma pessoa de conduta ilibada. Manifesto, portanto, minha solidariedade à presidenta e minha convicção de que as instituições brasileiras saberão rechaçar mais este ataque ao Estado Democrático de Direito", afirmou o governador. 

Segundo Pimentel, é preciso tomar todas as medidas necessárias para "preservar um mandato democrático e legitimamente conquistado nas urnas". "O Brasil é maior que esse tipo de disputa rasteira. Vamos superar esse momento com a união dos brasileiros e das brasileiras. O Brasil precisa voltar à rota da prosperidade, do pleno emprego, da segurança, e não pode mais perder tempo com questões políticas menores e sem sentido", afirmou.

Com Fernando Pimentel, já são 11 governadores que se manifestaram contrários à ação de vingança de Eduardo Cunha contra Dilma Rousseff. São eles: Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio; Rui Costa (PT), da Bahia; Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba; Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte; Camilo Santana (PT), do Ceará; Wellington Dias (PT), do Piauí; Jackson Barreto (PMDB), de Sergipe, e Renan Filho (PMDB), de Alagoas (leia mais).