Pimentel desabafa: “vida pública virou purgatório”
Um dia após condenar o que chamou de "criminalização da política" e dizer que "fora dela não há caminho na democracia", o governador de Minas, Fernando Pimentel, afirmou que "a vida pública no Brasil virou um purgatório"; segundo ele, há "uma quantidade de acusações que vem aos montes nos jornais e o sujeito não tem como se defender publicamente. Para provar que é mentira você precisa de abrir sigilo fiscal, perícia, e isso leva tempo"; "E quando tem o julgamento ninguém lembra mais daquilo e fica só o escândalo e a mancha", lamentou
Minas 247 - Um dia após condenar o que chamou de "criminalização da política" e dizer que "fora dela não há caminho na democracia", o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, afirmou, nesta terça-feira (28), que "a vida pública no Brasil virou um purgatório". Segundo ele, há "uma quantidade de acusações que vem aos montes nos jornais e o sujeito não tem como se defender publicamente. Para provar que é mentira você precisa de abrir sigilo fiscal, perícia, e isso leva tempo".
"E quando tem o julgamento ninguém lembra mais daquilo e fica só o escândalo e a mancha. É duro, é triste, a maioria dos prefeitos já passou por coisa semelhante. Nós temos que ter muita cautela, saber separar o joio do trigo, senão vamos jogar o joio fora. É isso que fico com medo de acontecer nessa maré de acusações sem cautela, sem prudência”, acrescentou, durante evento a inauguração da uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Luminárias, no Sul de Minas.
Pimentel é alvo da Operação Acrônimo, que apura o suposto recebimento de vantagens indevidas pelo governador quando comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A operação investiga se, em troca de propina, ele beneficiou empresas do setor automobilístico. O governador nega as acusações.
O chefe do executivo mineiro, defendeu, nessa segunda-feira (27), a política como solução para a saída da crise institucional que o Brasil está passando. Segundo ele, "a condenação da atividade política, a criminalização da política, para todo o lado, como se o prefeito, o vereador, o deputado, o governador, os ministros e o maior mandatário da nação (presidente) sejam criminosos porque estão na vida pública".
"Não é verdade. Não é assim. Tem malfeitos? Tem. Tem coisa errada? Tem. Tem que ser punida, tem que ser apurada, com direito de defesa. Mas não vamos criminalizar a política, porque fora dela não tem caminho na democracia. Fora dela é a ditadura, que nós já passamos por isso e não queremos mais", disse, durante entrega de kits esportivos, academias ao ar livre e do programa Campos de Luz II a mais de 200 municípios na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
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