PMDB tenta juntar cacos da derrota em reunião
Cúpula do partido se reúne nesta segunda-feira para fazer balanço da quinta derrota consecutiva na disputa pelo governo do Estado; principal pauta do encontro é o futuro dos prefeitos peemedebistas que apoiaram Marconi Perillo; deputado Sandro Mabel e ex-prefeito Adib Elias defendem a expulsão imediata das lideranças que não caminharam com Iris Rezende no pleito deste ano; de outro lado, existe a ala mais moderada do partido; prefeitos Humberto Machado e Maguito Vilela preferem que o partido dê preferência ao diálogo, ouça as bases e tente se reestruturar sem promover expulsão de aliados; PMDB vive momento decisivo e lideranças tentam diminuir o poder de Iris dentro do partido; cacique peemedebista se mantém fora das principais discussões, mas ainda não é carta fora do baralho
Goiás247 - A cúpula do PMDB goiano se reúne nesta segunda-feira para fazer uma espécie de balanço da eleição deste ano. Com Iris Rezende como candidato, o partido sofreu a quinta derrota consecutiva na disputa pelo governo do Estado e mergulhou em crise. A pauta principal da reunião é o futuro dos prefeitos peemedebistas que apoiaram a candidatura de Marconi Perillo (PSDB), calcula-se que sejam em torno de 20.
Ainda não há consenso sobre o que fazer com os prefeitos marconistas. O presidente estadual do partido, o deputado Samuel Belchior, terá tarefa de costurar quais ações serão tomadas. Existe a ala mais radical que defende a expulsão imediata desses infiéis. Neste grupo estão o ex-prefeito Adib Elias e o deputado federal Sandro Mabel.
Para eles, não há outra saída. O PMDB deve fazer a limpa interna e expurgar os prefeitos que estiveram com Marconi. No entanto, há o grupo que defende o diálogo na tentativa de aglutinar o partido e evitar que o PMDB fique esfacelado de vez.
O prefeito Maguito Vilela é um dos que integram a ala ponderada. Ele prefere a conversa e avalia que o partido precisa manter seu quadro de prefeitos intacto sob risco de agravar a crise. Quem acompanha Maguito é o prefeito de Jataí, Humberto Machado, que ficou neutro na campanha e não fez questão alguma de se envolver na campanha de Iris Rezende.
Humberto foi entrevistado pela coluna Giro, de O Popular, e deixou claro que prefere o diálogo e a tentativa de aglutinação.
"Que a cúpula do partido não repita o erro de não ouvir suas bases para tomar as decisões. O jogo para 2018 está zerado, não teremos Marconi Perillo nem Iris Rezende. Mas para ganharmos, o PMDB precisa voltar a ouvir suas lideranças, acabar com decisão só de cúpula. Não é apenas uma liderança que vai nos dar a vitória, mas a militância do PMDB, que é bem maior que a direção do partido", disse o prefeito de Jataí.
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