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PMs que agrediram advogado têm prisão decretada

A Justiça Militar acatou pedido da Procuradoria Militar e decretou a prisão de Policiais Militares acusados de agressão a um advogado durante uma blitz no interior de Alagoas; “A decisão da Justiça Militar demonstra que os abusos praticados por agentes públicos não podem ser tolerados. Essa decisão, apesar de nos reconfortar, não é motivo de comemoração. O ideal seria que as prerrogativas do colega advogado tivessem sido respeitadas voluntariamente”, defendeu o presidente da OAB-AL, Thiago Bomfim

A Justiça Militar acatou pedido da Procuradoria Militar e decretou a prisão de Policiais Militares acusados de agressão a um advogado durante uma blitz no interior de Alagoas; “A decisão da Justiça Militar demonstra que os abusos praticados por agentes públicos não podem ser tolerados. Essa decisão, apesar de nos reconfortar, não é motivo de comemoração. O ideal seria que as prerrogativas do colega advogado tivessem sido respeitadas voluntariamente”, defendeu o presidente da OAB-AL, Thiago Bomfim (Foto: Voney Malta)

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Alagoas247 - A Justiça Militar decretou a prisão dos policiais que quebraram o braço de um advogado, que foi preso "desacato", numa blitz rotineira, por estar com o IPVA do veículo atrasado. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (18), pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Thiago Bomfim. 

De acordo com Bomfim, o advogado estava sozinho e a abordagem foi conduzida por mais de 10 policiais. Após pedido de providências da entidade, a Procuradoria Militar propôs Ação Penal contra os policiais envolvidos, com pedido de prisão preventiva, o que foi acolhido pela Vara da Auditoria Militar. 

“A decisão da Justiça Militar demonstra que os abusos praticados por agentes públicos não podem ser tolerados. Essa decisão, apesar de nos reconfortar, não é motivo de comemoração. O ideal seria que as prerrogativas do colega advogado tivessem sido respeitadas voluntariamente. Temos muito respeito pelas instituições policiais de nosso Estado e sabemos que o fato que levou à prisão dos policiais foi uma exceção e não representa a conduta da maior parte da Polícia Militar de Alagoas. Mas, justamente para que a exceção não se transforme em regra, comportamentos abusivos e truculentos como os que foram praticados devem ser coibidos”, expôs o presidente. 

Ainda de acordo com Thiago Bomfim, a OAB nunca abrirá mão do diálogo como primeiro recurso para a solução de conflitos. “Que esse episódio deixe claro a todos os agentes públicos que fiquem propensos a praticar excessos, que o mesmo ordenamento jurídico que prevê o desacato também repudia o abuso de autoridade”, reforçou. 

Entenda o caso

O advogado Everton Thayrones de Almeida denunciou, no dia 4 de maio, na sede da OAB, ter sido vítima da ação violenta de policiais durante uma blitz ocorrida em uma estrada do Povoado Pé Leve, situado em Limoeiro de Anadia, Agreste de Alagoas. Ele diz que foi algemado e teve o braço quebrado pelos policiais. 

Segundo o advogado, que seguia de Arapiraca para Campo Alegre, os policiais pediram os documentos dele e constataram que o IPVA estava atrasado 2 dias, informando que o veículo ficaria retido. O profissional diz não ter oferecido resistência e pedido que a outra pessoa que estava com ele no carro voltasse para Arapiraca para pegar outro veículo a fim de que eles continuassem a viagem. Antes disso, o guincho teria chegado ao local e a polícia solicitado do condutor a chave do veículo.

Em seguida, os policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) teriam gritado com o advogado e dado voz de prisão a ele por desacato. Também teriam puxado o braço do condutor de forma violenta, colocado algemas e o levando até a viatura. De lá, ele foi encaminhado para a Unidade de Emergência, onde fez exames que constataram que ele havia quebrado o braço.

Com gazetaweb.com e assessoria

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