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Polícia aponta elo internacional entre PCC e narcotráfico do RS

Narcotraficantes rivais do RS migraram para o Paraguai com o objetivo de liderarem seus grupos, mas foram presos - Jackson Peixoto Rodrigues, um dos líderes da quadrilha 'Anti-Bala', e José Dalvani Nunes Rodrigues, o Minhoca, da 'Bala na Cara'; pesquisador da UFRGS, Francisco Amorim diz que o país vizinho virou uma base forte da facção paulista PCC; "A estratégia dos Anti-Bala, neste momento, parece ser abrir redes de acordos informais com o PCC, que não tem uma ligação formal com os Bala na Cara, para enfraquecer a posição do inimigo. É uma guerra particular de traficantes locais que pode migrar para um conflito de outras proporções"

Narcotraficantes rivais do RS migraram para o Paraguai com o objetivo de liderarem seus grupos, mas foram presos - Jackson Peixoto Rodrigues, um dos líderes da quadrilha 'Anti-Bala', e José Dalvani Nunes Rodrigues, o Minhoca, da 'Bala na Cara'; pesquisador da UFRGS, Francisco Amorim diz que o país vizinho virou uma base forte da facção paulista PCC; "A estratégia dos Anti-Bala, neste momento, parece ser abrir redes de acordos informais com o PCC, que não tem uma ligação formal com os Bala na Cara, para enfraquecer a posição do inimigo. É uma guerra particular de traficantes locais que pode migrar para um conflito de outras proporções" (Foto: Leonardo Lucena)
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Rio Grande do Sul 247 - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul identificou uma ligação entre criminosos do estado e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que disputaria a hegemonia do tráfico de drogas no Brasil com o Comando Vermelho. A conexão foi percebida, após o assassinato de um casal de traficantes brasileiros no Paraguai, no dia 2 de janeiro deste ano. Narcotraficantes gaúchos migraram para o país vizinho há pouco mais de um ano, para liderarem seus grupos, mas foram presos.

Acusado de um duplo homicídio ocorrido na capital do Paraguai (Assunção), no começo do ano, é Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson, é um dos líderes da quadrilha 'Anti-Bala', que combate o grupo ligado ao PCC no Rio Grande do Sul. Ele foi preso no dia 5 de janeiro em Pedro Juan Caballero.

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A facção Anti-Bala foi formada em 2014 por meio de um "consórcio" de grupos menores que estavam incomodados com o poder da facção 'Bala na Cara', que controla o narcotráfico gaúcho. Segundo fontes policiais, os Bala na Cara são comandados por José Dalvani Nunes Rodrigues, o Minhoca, de dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Há pelo menos três anos, Minhoca vem estabelecendo acordos "pontuais e informais" com o PCC, especialmente para o tráfico de armas e de drogas vindas do Paraguai, onde foi preso em agosto de 2016. 

"O Paraguai virou uma base forte do PCC, especialmente na fronteira com o Brasil. A estratégia dos Anti-Bala, neste momento, parece ser abrir redes de acordos informais com o PCC, que não tem uma ligação formal com os Bala na Cara, para enfraquecer a posição do inimigo. É uma guerra particular de traficantes locais que pode migrar para um conflito de outras proporções", disse o pesquisador Francisco Amorim, do grupo de estudos Violência e Cidadania, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As fontes apurações são do portal Uol.

De acordo com o delegado Arthur Raldi, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), que comandou a captura do traficante Nego Jackson, "os dois criminosos gaúchos [Minhoca e Jackson] já estavam com bases formais de operação no Paraguai, o que indica uma sofisticação da atividade". "Não temos ainda as evidências dos vínculos formais com o PCC, mas é claro que a presença no país vinha estimulando os negócios entre as quadrilhas", informou.

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Decapitações

A disputa pelo controle das áreas de fronteira do Paraguai ficou mais competitiva em junho de 2016, quando o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani foi assassinado em Pedro Juan Caballero. Brasileiro, Rafaat era tido como o maior traficante em atividade no Paraguai. O Ministério Público do país vizinho atribuiu a responsabilidade por sua morte ao PCC.

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"O mais grave dessa guerra particular é a violência que ela faz transbordar para as ruas. Porto Alegre, por exemplo, registrou 16 decapitações no ano passado, o que representa 1% do total de homicídios. Tecnicamente, é um índice de país em guerra civil, como a Síria", disse o pesquisador Francisco Amorim, do grupo de estudos Violência e Cidadania, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Em 2016 foram registradas 15 chacinas na região metropolitana de Porto Alegre, com mais de 50 mortes no total. "As decapitações são o ápice da violência simbólica contra o inimigo, o máximo da humilhação. Quando chegamos nesse estágio, é sinal de que há comunicação sobre práticas usadas em outras regiões, por outros grupos. E isso indica colaboração", acrescentou.

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