Polícia civil ignora Justiça e radicaliza greve

Leonardo Lucena_PE247 – “O Governo quer desmobilizar nossa categoria”. A declaração é do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Cláudio Marinho, que disse haver um descontentamento generalizado na categoria. O dirigente negou consenso entre o governo e a categoria, após governador Eduardo Campos (PSB) ter afirmado, na última segunda-feira (23), que houve a celebração de um acordo com os policiais quanto aos reajustes salariais para os anos de 2012, 2013 e 2014.

“Há uma insatisfação geral na categoria pela forma como estamos sendo tratados”, declarou Marinho. O Sinpol-PE, em assembleia realizada na sede da entidade, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, resolveu radicalizar a greve, mesmo após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) ter declarado que a paralisação é ilegal. Em caso de não retomada das atividades, ficou estabelecido pelo TJPE que seria aplicada multa diária de R$ 20 mil. A partir de hoje, o prazo é de 48 horas para que a categoria recorra.

Na semana passada, em entrevista à Rádio Jornal, o governador Eduardo Campos (PSB) disse que o governo havia feito um acordo com os policiais. Neste caso, trata-se de reajuste salaria em 8,4% no ano de 2012, 8,14% para 2013 e 14, 55% para 2014.

“Nós e o governo não celebramos nenhum acordo”, disse o presidente do Sinpol-PE. As informações dão conta de que apenas três delegacias ficarão de plantão, localizadas em Olinda, Prazeres e Várzea.

Em nota, as Secretarias Estaduais das Cidades e da Administração informam que o governo não falará mais sobre o caso e asseguraram que haverá corte de ponto, desconto na folha de pagamento do mês de julho.