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      Polícia prende dirigentes e invade escola do MST, que vê ‘ilegalidade’

      Escola Florestan Fernandes, em Guararema, São Paulo, amanheceu nesta sexta-feira 4 cercada por policiais, que derrubaram o portão da escola e deram tiros para o alto; a ação faz parte da Operação Castra, deflagrada pela Polícia Civil em três estados; para o MST, "assim como ocorreu com as escolas ocupadas por estudantes no Paraná, que protestavam contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio, a invasão policial busca criminalizar os movimentos estudantis, e enquadrar o MST como organização criminosa, contrariando a justiça"; "O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo", diz ainda comunicado do movimento

      Escola Florestan Fernandes, em Guararema, São Paulo, amanheceu nesta sexta-feira 4 cercada por policiais, que derrubaram o portão da escola e deram tiros para o alto; a ação faz parte da Operação Castra, deflagrada pela Polícia Civil em três estados; para o MST, "assim como ocorreu com as escolas ocupadas por estudantes no Paraná, que protestavam contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio, a invasão policial busca criminalizar os movimentos estudantis, e enquadrar o MST como organização criminosa, contrariando a justiça"; "O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo", diz ainda comunicado do movimento (Foto: Gisele Federicce)
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      247 – A Escola Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizada em Guararema, na Grande São Paulo, amanheceu nesta sexta-feira 4 cercada por cerca de 10 viaturas da Polícia Civil e teve o portão da escola derrubado.

      De acordo com relatos dos presentes, divulgados pelo MST, os agentes atiraram para o alto para intimidar os habitantes. Segundo o movimento, "diante da ação de advogados, os policiais recuaram. A invasão na Escola ocorreu sem mandado judicial, o que é ilegal".

      Comunicado do MST diz ainda que, "assim como ocorreu com as escolas ocupadas por estudantes no Paraná, que protestavam contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio, a invasão policial busca criminalizar os movimentos estudantis, e enquadrar o MST como organização criminosa, contrariando a justiça".

      A ação faz parte da Operação Castra, deflagrada pela Polícia Civil em três estados: Paraná e Mato Grosso do Sul, além de São Paulo. Policiais cumprem 26 mandados judiciais, sendo 14 de prisão, inclusive de lideranças do MST, que são acusadas de diversos crimes. Também é alvo o vereador Claudelei Torrente de Lima (PT), o mais votado em Quedas do Iguaçu (PR) este ano.

      "O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo. Somos um movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e a ação descabida da polícia fere direitos constitucionais e democráticos", respondeu o movimento.

      Confira no vídeo abaixo o momento da invasão:

       

      E a íntegra da nota da Escola Florestan Fernandes:

      Policia invade ENFF sem mandado de busca e apreensão

      Na manhã desta sexta-feira (04), cerca de 10 viaturas da polícia civil e militar invadiram a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) em Guararema, São Paulo.

      De acordo os relatos, os policiais chegaram por volta das 09h25, pularam o portão da Escola e a janela da recepção e entraram atirando em direção às pessoas que se encontravam na escola. Os estilhaços de balas recolhidos comprovam que nenhuma delas são de borracha e sim letais.

      Neste momento, a polícia está em frente à ENFF. Diante da ação de advogados, os policiais recuaram. A invasão na Escola ocorreu sem mandado judicial, o que é ilegal.

      O MST repudia a ação da polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem as medidas cabíveis nesse processo. Somos um movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e a ação descabida da polícia fere direitos constitucionais e democráticos.

      A operação em SP decorre de ações deflagradas no estado do Paraná e Mato Grosso do Sul. A Polícia Civil executa mandados de prisão contra militantes do MST, reeditando a tese de que movimentos sociais são organizações criminosas, já repudiado por diversas organizações de Direitos Humanos e até mesmo por sentenças do STJ.

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