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      Policiais Civis aprovam estado de greve no RS

      O estado de greve, explica o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, significa que os policiais civis podem paralisar "a qualquer momento", caso o governo José Ivo Sartori (PMDB) encaminhe à Assembleia Legislativa projetos que retirem direitos ou conquistas da categoria. "Se precisar entrar em greve, vamos entrar sem muita delonga", avisa o sindicalista

      08/06/2015 - PORTO ALEGRE, RS, BRASIL - Policiais Civis realizam Assembléia para tratar dos cortes de repasse do governo Sartori. Foto: Guilherme Santos/Sul21 (Foto: Leonardo Lucena)
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      Jaqueline Silveira, Sul 21 - Os policiais civis entraram em estado de greve. A decisão foi aprovada na assembleia convocada pelo Sindicato de Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia (Ugeirm) e realizada na tarde desta segunda-feira (8). Cerca de 100 lideranças da categoria de todo o Estado participaram do encontro.

      O estado de greve, explica o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, significa que os policiais civis podem paralisar "a qualquer momento", caso o governo José Ivo Sartori (PMDB) encaminhe à Assembleia Legislativa projetos que retirem direitos ou conquistas da categoria. "Se precisar entrar em greve, vamos entrar sem muita delonga", avisa o sindicalista. Na última quarta-feira (3), o governo mandou um pacote para o Legislativo com 11 projetos, porém as propostas atingiram somente os policiais militares.

      “Vemos com muita preocupação (o pacote), só vem deixar o policial mais intranquilo do que ele já estava”, diz Ortiz, sobre as medias anunciadas pelo governo para conter a crise econômica do Estado. Uma delas é a prorrogação por mais 180 dias do decreto em vigor desde janeiro e que corta despesas, diárias e horas extras, além de suspender contratações de servidores e a realização de concursos. “O que nos assusta mais é a falta de segurança, o risco aumenta cada vez mais. Antes de sermos policiais, somo cidadãos”, argumenta o presidente da Ugeirm, sobre a fragilização da área devido aos cortes feitos pelo governo.

      “Ele (Sartori) não pode deixar a banalização da vida como está ocorrendo”, sustenta Ortiz, referindo-se aos riscos aos quais as pessoas estão expostas devido ao aumento da criminalidade e que o reforço da segurança não pode esperar o governo “acertar as contas ou fazer ajuste fiscal”. A decisão tomada na assembleia desta segunda-feira será informada ao governo pelo sindicato, que pedirá uma agenda com o comando da Segurança.

      Além do estado de greve e “assembleia permanente”, os policiais civis de todo o Estado – hoje, são mais de cinco mil – irão fazer uma marcha no dia 7 de julho com saída do Palácio da Polícia até o Piratini, que terá também a participação de brigadianos e de funcionários da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e do Instituto Geral de Perícias (IGP). Na assembleia, a Ugeirm também orientou os policiais cobrarem uma postura dos deputados de suas bases quanto à fragilização da segurança pelo governo. O encontro contou com a participação do chefe de Polícia do governo anterior, Ranolfo Vieira Júnior.

      Cpers critica pacote e começa caravana pelo Interior

      A direção do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) também se reuniu na tarde desta segunda-feira para avaliar o pacote. Presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer critica a Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal, uma das propostas do conjunto de medidas apresentadas por Sartori. O projeto barra, por exemplo, reajustes para pagamento dos sucessores em caso de a receita não comportar. Além disso, limita em 75% os gastos com custeio e investimentos e 25 com a folha de pagamento. Para a professora, a lei “poderá deixar” os servidores sem aumento.

      Também foi alvo der críticas da presidente do Cpers a proposta que transforma a licença-prêmio em licença-capacitação concedida a cada cinco anos pelo período de três meses. Pelo projeto, o servidor terá que usar o período para capacitação e não receberá mais indenização. “É um absurdo! Vai nos tirar direitos, o que temos é melhor”, protestou Helenir, referindo-se à licença-capacitação indenizada e de até um ano garantida no plano de carreira dos professores.

      A representante do sindicato demonstrou preocupação ainda com a suspensão de nomeações de professores devido à prorrogação do decreto. “Hoje, faltam professores. Não sei o que o Estado está pensando em relação à falta de professores. Vamos denunciar isso no interior”, afirmou a professora. A presidente do Cpers se refere à Caravana da Educação pelo Interior do Estado (confira abaixo), que começa nesta terça-feira, para discutir com os núcleos atos com o objetivo de garantir que os direitos de professores e dos funcionários de escola “não sejam atacados” pelo governo Sartori.  A comitiva focará, além das medidas do pacote, na defesa do plano de carreira da categoria e no pagamento do piso nacional do magistério. No roteiro, o comando do sindicato também já deve mobilizar os núcleos para uma possível greve.

      Confira o roteiro da caravana do Cpers

      09/06 – 24º Núcleo – Pelotas
      10/06 - 6º Núcleo – Rio Grande
      11/06 – 42º Núcleo – Camaquã
      16/06 – 16º Núcleo – São Borja
      17/06 – 33º Núcleo – São Luiz Gonzaga
      18/06 – 29º Núcleo – Santiago
      23/06 – 31º Núcleo – Ijuí
      30/06 – 21º Núcleo – Uruguaiana
      01/07 – 19º Núcleo – Alegrete
      02/07 – 41º Núcleo – São Gabriel
      07/07 – 27º Núcleo – Três Passos
      08/07 – 40º Núcleo – Palmeira das Missões
      09/07 – 26º Núcleo – Frederico Westphalen

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