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Por onde andou o dinheiro do propinoduto tucano

Novas revelações sobre o escandaloso conluio de multinacionais para vencimento de licitações do metrô e da CPTM tornam cada vez mais inverossímil a estratégia do tucanato paulista de se colocar como vítima

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Novas revelações sobre a arquitetura do escandaloso conluio formado por empresas multinacionais para vencimento de licitações do metrô e da CPTM tornam cada vez mais inverossímil a estratégia do tucanato paulista de se colocar como vítima do esquema consolidado ao longo de suas sucessivas administrações no Estado de São Paulo.

Em nova reportagem sobre o caso, a revista IstoÉ mostrou como as empresas integrantes do cartel, lideradas pela alemã Siemens e pela francesa Alstom, agiam para pagar propinas a políticos ligados ao governo do PSDB paulista, como contrapartida ao favorecimento nas licitações e superfaturamento nos contratos.

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A reportagem teve acesso a documentos enviados pelas autoridades suíças ao ministério da Justiça, os quais comprovam a existência de uma conta bancária no país europeu para abastecer o "propinoduto tucano". A conta, conhecida como "Marília", foi aberta no Multi Commercial Bank, hoje Leumi Private Bank, em Genebra, e, segundo as investigações, movimentou cerca de R$ 64 milhões entre 1998 e 2002.

O dinheiro, como detalha a reportagem, é originário de um complexo circuito financeiro que envolve empresas abertas em paraísos fiscais, gestores de investimento e lobistas. A justiça suíça rastreou a movimentação e descobriu que os depósitos na conta "Marília" seguiam os parâmetros de lavagem de dinheiro internacional.

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Entre os beneficiários da "Marília" estão pessoas muito próximas dos tucanos, como Robson Marinho, que foi homem de confiança e coordenador de campanha do ex-governador Mário Covas, e os empresários Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas, que tinham ligação com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e com o diretor de operação e manutenção da CPTM, José Lavorente.

A matéria faz menção também a uma outra conta investigada, em nome do mesmo Villas Boas e de Jorge Fegali Neto, diretor de projeto do Ministério da Educação na gestão do ex-presidente FHC. A dupla tem 7,5 milhões de euros bloqueados pela justiça suíça e é indiciada pela nossa Polícia Federal sob a acusação de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

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Será que diante de todos esses fatos, os tucanos paulistas continuarão dizendo que não há indícios de envolvimento de autoridades do seu partido no caso? E a grande mídia, continuará conivente e disseminando essa versão fantasiosa de que os governadores do PSDB foram apenas espectadores das negociações fraudulentas? E, caso fossem apenas espectadores, consideram que não há problemas nisso?

Estamos falando de concorrências viciadas e superfaturamentos que podem ter lesado os cofres públicos em bilhões de reais. Será que isso não é relevante, não é de interesse da sociedade? E o Ministério Público do Estado? Cumprirá seu papel de fiscalizar os atos administrativos do Executivo, ou continuará tratando as investigações como um acordo feito exclusivamente entre as empresas, sem anuência e participação das gestões públicas que as contrataram? Por fim: por que após todas essas graves denúncias o governador Geraldo Alckmin mantém no cargo e conduzindo novas licitações agentes públicos apontados nas investigações? Por que continua assinando contratos com as empresas suspeitas?

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A ausência de respostas a essas questões essenciais só evidencia o quanto os governos tucanos têm se amparado na cumplicidade que possui com a grande mídia e com setores do Ministério Público para fugir às suas responsabilidades e continuar tratando o povo de São Paulo com um descaso vergonhoso.

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