PP engrossa coro dos rebeldes do Congresso
Deputado federal e ex-ministro das Cidades, o vice-presidente nacional do Partido Progressista (PP), Mário Negromonte, reitera queixas lideradas pelos 'rebeldes' do PMDB de que a relação político-partidária da presidente Dilma Rousseff com seus aiados no Congresso é fraca; ele diz que "este é o sentimento da maioria dos congressistas", mas pondera que, se Dilma "tiver habilidade", pode "reverter isso" e garantir manutenção de sua ampla base para as eleições de outubro próximo
Bahia 247 - Deputado federal e ex-ministro das Cidades, o vice-presidente nacional do Partido Progressista (PP), Mário Negromonte, reitera queixas lideradas pelos 'rebeldes' do PMDB de que a relação político-partidária da presidente Dilma Rousseff com seus aiados no Congresso é fraca.
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Negromonte diz que "este é o sentimento da maioria dos congressistas", mas pondera que, se Dilma "tiver habilidade", pode "reverter isso" e garantir manutenção de sua ampla base para as eleições de outubro próximo.
Apesar de ver as "dificuldades com o PT, Mário Negromonte, contudo, afirma que está praticamente fechada com o governador Jaques Wagner a vaga do PP como candidato a vice-governador na chapa do petista Rui Costa. Ele próprio deve ser o candidato.
Abaixo principais trechos e aqui a entrevista completa.
Como o Senhor observou a crítica do líder do PMDB, Eduardo Cunha, de que o PT quer hegemonia e não trata bem os aliados?
Olha esse é o sentimento da maioria dos congressistas. Isso é uma coisa real, e por que está acontecendo? Quer dizer, é um somatório de tudo aquilo que vem acontecendo. Dizem que vão descontar tudo em 2014 e dizer que estamos sofrendo. Falta de espaço no governo, falta de compromisso e de honrar as emendas. Sempre digo que emenda parlamentar é igual salário de funcionário público, tem que ser uma coisa sagrada, pois as emendas que levam obras para os municípios. Quando o governo não leva as obras, nós levamos através das emendas, obras da saúde, do calçamento, da água, da energia. Quer dizer, nós complementamos as ações do governo do estado. Quando isso não acontece é ruim para o município, é ruim para prefeito, para o deputado para o governo do estado e para o governo federal. Um dos motivos para a criação desse blocão quer tornar as votações mais independentes é que o governo não tem dialogado com os movimentos sociais, com a classe política e tem dialogado pouco com os empresários. O governo certamente não está fazendo as obras que esse povo que está fazendo manifestações nas ruas deseja. O que eles querem? Eles dizem que agora querem saúde padrão Fifa, querem tarifa zero de ônibus.
Essa rebelião pode dificultar a reeleição da presidente Dilma?
Olha, dá tempo de corrigir. Se ela tiver habilidade, conversar, e não é fácil porque muitos setores fazem comparações com o governo, do tratamento que ele dispensava com o Congresso, com os movimentos sociais. Eles veem que realmente existe uma diferença, ou seja, ela que nunca passou no crivo do voto, nunca foi vereadora, deputada estadual, federal, senadora, governadora, tem essa dificuldade. Política é isso, 90% é atenção, é carinho.
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