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      Pré-candidatos ganham força para luta franca

      Cada um ao seu modo, todos os pré-candidatos a governador de São Paulo fortaleceram suas posições para uma disputa aberta entre PSDB, PMDB, PSD e PT; governador Geraldo Alckmin vê seu favoritismo se renovar à medida em que nível do Sistema Cantareira voltou a subir; presidente da Fiesp ultrapassou barreiras na Justiça Eleitoral e tem pista livre até a convenção partidária; paquerado pelos tucanos, ex-prefeito Gilberto Kassab foi chamado por ex-presidente Lula a continuar na disputa; plano é dividir o campo ideológico da centro-direita para facilitar caminhada de Alexandre Padilha aos 30% que o PT acredita ter em São Paulo; ex-ministro passou prova de fogo do laboratório Labogen sem se queimar; luta aberta de todos contra todos

      Cada um ao seu modo, todos os pré-candidatos a governador de São Paulo fortaleceram suas posições para uma disputa aberta entre PSDB, PMDB, PSD e PT; governador Geraldo Alckmin vê seu favoritismo se renovar à medida em que nível do Sistema Cantareira voltou a subir; presidente da Fiesp ultrapassou barreiras na Justiça Eleitoral e tem pista livre até a convenção partidária; paquerado pelos tucanos, ex-prefeito Gilberto Kassab foi chamado por ex-presidente Lula a continuar na disputa; plano é dividir o campo ideológico da centro-direita para facilitar caminhada de Alexandre Padilha aos 30% que o PT acredita ter em São Paulo; ex-ministro passou prova de fogo do laboratório Labogen sem se queimar; luta aberta de todos contra todos (Foto: Marco Damiani)
      Marco Damiani avatar
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      247 - Cada um ao seu modo, nos últimos dias todos, sem exceção, os pré-candidatos a governador de São Paulo se fortaleceram. Se não o suficiente para subirem nas pesquisas, ao menos, em tese, para estacar quedas ou, até mesmo, sofrer uma impugnação. É o caso do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que viu cair na Justiça a última reclamação contra ele sobre a prática de campanha antecipada. Com o aval da Justiça Eleitoral, Skaf está apto a seguir em frente com sua pré-campanha até a convenção do PMDB. Até aqui, ele é a surpresa da eleição, chegando a 20% das intenções e guardando para si o segundo lugar na disputa.

      O favorito Geraldo Alckmin, que venceria em primeiro turno segundo os levantamentos feitos até aqui, superou um obstáculo que já parecia intransponível. Ele afirmou e confirmou, nos últimos dois meses, que a Grande São Paulo não enfrentaria um racionamento de água. Suas projeções foram atacadas por todos os rivais, mas, na semana passada, deu certo o bombeamento do chamado volume morto do sistema Cantareira - e, imediatamente, o nível que beirava os 8% subiu para 26%, alcançando com a alta as renovadas chances de Alckmin manter-se com folga na liderança das pesquisas. Afinal, a solução que ele encontrou, ainda que criticada por técnicos, está funcionando.

      No PSD, o ex-prefeito Gilberto Kassab tornou-se nos últimos dias o centro de diferentes negociações. Ele chegou a declarar que não veria problema em ser vice de Alckmin, num aceno completo para a coligação de seu partido com o PSDB, mas, neste momento, ouviu um apelo diferente vindo do ex-presidente Lula. Numa conversa pessoal, Lula pediu a Kassab para manter sua candidatura. Ele considera importante que o campo ideológico do centro-direita, representado por Alckmin, Kassab e Skaf dispute preferências entre si para, dessa maneira, o ex-ministro Padilha correr em faixa própria mais à esquerda. Será dessa forma que o PT irá aglutinar nele os cerca de 30% de votos que acredita ter no Estado. O suficiente para levar seu candidato ao segundo turno.

      Como se vê, nesta etapa da campanha todos os principais personagens da eleição paulista se fortaleceram. Logo mais, eles estarão atacando uns aos outros para ver que restará.

      BASTIDORES  -  Em nome de antigas conversas, entre as quais a última, na qual Kassab não fez o combinado, desta feita Lula foi mais definitivo. Ele definiu a candidatura do PSD ao governo como um elemento estratégico para levar a disputa ao segundo turno. O diálogo entre eles seria fortemente abalado em caso de uma nova aliança do ex-prefeito com os tucanos. Da última vez que acreditou ter feito um acordo com Kassab, Lula o viu apoiar José Serra contra Fernando Haddad. Mas em lugar de dar o troco em Kassab, Lula deixou que a boa relação entre ele e o atual prefeito do PT corresse solta. A gestão do ex-prefeito nunca foi perseguida pelo sucessor. Agora, Lula precisa de um gesto firme.

      A agitação provocada pelas conversas de coalizão – Kassab recebeu em seu apartamento, duas semanas atrás, os tucanos que decidem: o presidenciável Aécio Neves, o ex-governador José Serra, o titular Alckmin e o senador Aloysio Nunes. Pouco depois, declarou que não via qualquer problema em ser vice de Alckmin. Aí, Lula entrou de sola. E Kassab outra vez saiu a pública com uma mensagem cifrada. "Não há consenso no partido entre ter ou não ter candidatura própria", recitou.

      Lula expressou a Kassab que fará o máximo empenho para repetir com Padilha o que fez com Haddad. O ex-prefeito, que viu o processo de perto, não tem como duvidar. Kassab avalia que o PT tem forte resistência no interior. E reconhece, ali, a força de Alckmin. Ele também calcula, no entanto, que o governador tende a perder intenções de voto ao longo da campanha, fustigado por críticas dos três adversários.

      O PT jogaria com a polarização ideológica para diferenciar Padilha dos rivais. A confirmação da candidatura de Kassab o levar a buscar votos no mesmo campo ideológico de Alckmin e Skaf, e Lula acredita que, naturalmente, isso irá abrir uma avenida para Padilha buscar os 30 por cento que o PT julgar ter também no Estado – e não apenas na capital.

      Em segundo lugar nas pesquisas, Skaf, do PMDB, respira aliviado. Ele não demonstrou ter dúvida, em entrevista ao 247, que passaria pelos obstáculos da Justiça Eleitoral, em relação a acusações formais de campanha antecipada. Passou. Seu momento, agora, é de olhar como as nuvens em torno da sua própria ficarão. Com zero da vivência político-partidária de Alckmin e Kassab, o pré-candidato não para se sentir à vontade para encetar grandes articulações.

      O máximo que tem feito é trocar alguns telefonemas com Kassab, interessado numa aproximação. É difícil. O ex-prefeito, agora sim, não se sentiria bem na posição de vice de Skaf. E tudo o que Skaf faz nos últimos três anos é preparar sua candidatura para o governo do Estado – e nem ele poderia esperar que tivesse mais de 20 por cento das intenções, como agora.

       

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