Prefeito, vereadores e empresas de ônibus agem com vandalismo
Quem faz esta afirmação é o Movimento Não Pago, em nota oficial, após os atos desta terça-feira (25), quando manifestantes tentam invadir a prefeitura, agrediram jornalistas e queimaram um ônibus: "nada disso teria acontecido se o prefeito João Alves não tivesse agido de forma truculenta e antidemocrática, passando por cima de todas as fraudes denunciadas pelo Movimento Não Pago, e favorecendo aos interesses dos donos das empresas de ônibus que há tanto exploram a população de Aracaju. Por isso, antes de se falar dos excessos dos manifestantes, falemos do vandalismo do prefeito e dos vereadores que aprovaram um aumento fraudado. Falemos do vandalismo dos empresários do transporte que colocam em circulação ônibus sucateados que põem em risco à vida dos passageiros”
Sergipe 247 – O Movimento Não Pago emitiu nota oficial sobre a turbulenta manifestação desta terça-feira (25), quando manifestantes tentaram invadir o prédio da prefeitura, agrediram jornalistas e queimaram um ônibus. O grupo minimizou os atos de vandalismo (“O Movimento Não Pago se esforçará para garantir auxílio jurídico á todos os manifestantes detidos. As ações da população indignada, que eventualmente se transformam em excessos, não devem ser consideradas atos de vandalismos”) e criticou o prefeito João Alves Filho (DEM), os vereadores da capital e os empresários do setor de transporte público.
“Fraudes no cálculo da passagem, somadas aos problemas de qualidade do transporte coletivo, ampliam a revolta da população. Porém é importante destacar que nada disso teria acontecido se o prefeito João Alves não tivesse agido de forma truculenta e antidemocrática, passando por cima de todas as fraudes denunciadas pelo Movimento Não Pago, e favorecendo aos interesses dos donos das empresas de ônibus que há tanto exploram a população de Aracaju. Por isso, antes de se falar dos excessos dos manifestantes, falemos do vandalismo do prefeito e dos vereadores que aprovaram um aumento fraudado. Falemos do vandalismo dos empresários do transporte que colocam em circulação ônibus sucateados que põem em risco à vida dos passageiros”, afirmou.
Confira a Nota Oficial do Movimento Não Pago:
A tarde desta terça feira (25), foi marcada por mais uma grande manifestação contra o aumento da tarifa em Aracaju. Desta vez cerca de 20 mil pessoas foram do centro à prefeitura exigir a revogação do aumento da passagem de ônibus.
A proposta do prefeito de reduzir o aumento em R$ 0,10, fixando a passagem em R$ 2,35, aprovada na manhã da terça pelos vereadores, não contemplou os manifestantes. O argumento apresentado pela prefeitura tem como base a redução à zero das alíquotas do PIS e do COFINS ocorrida em 31/05, mas que continuavam incluídas no cálculo da passagem, e vinha sendo, desde então, denunciada pelo Movimento Não Pago.
De acordo com o economista Demétrio Varjão com a exclusão dos impostos no cálculo da tarifa, a prefeitura sanou apenas uma das graves irregularidades contidas na planilha de custos da SMTT, sendo que transferiu a fraude para outros itens, como o superfaturamento do preço de insumos. “Vale lembrar que mesmo com um valor de R$ 2,35, o cálculo tarifário continua incluindo custos inexistentes, sem os quais o valor tarifário real seria R$ 1,92. Portanto, a população deve continuar pressionando para que o prefeito revogue completamente o aumento”.
Todas essas fraudes no cálculo da passagem, somadas aos problemas de qualidade do transporte coletivo, ampliam a revolta da população, que algumas vezes reage de forma intensa, como pode-se observar em algumas ações pontuais na noite dessa terça-feira. Porém é importante destacar que nada disso teria acontecido se o prefeito João Alves não tivesse agido de forma truculenta e antidemocrática, passando por cima de todas as fraudes denunciadas pelo Movimento Não Pago, e favorecendo aos interesses dos donos das empresas de ônibus que há tanto exploram a população de Aracaju.
Por isso, antes de se falar dos excessos dos manifestantes, falemos do vandalismo do prefeito e dos vereadores que aprovaram um aumento fraudado. Falemos do vandalismo dos empresários do transporte que colocam em circulação ônibus sucateados que põem em risco à vida dos passageiros. Veículos velhos, com portas quebradas que andam abertas, muitas vezes até sem freios, como pode informar qualquer motorista de qualquer empresa de ônibus da Grande Aracaju. Recorde-se que meses atrás um veículo incendiou por está em condições precárias e explodiu enquanto circulava com passageiros (http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2013/03/onibus-pega-fogo-e-explode-na-grande-aracaju.html). Lembre-se também que no último 1º de maio morreu um usuário do transporte que caiu de um ônibus superlotado, que andava com a porta aberta.
O Movimento Não Pago se esforçará para garantir auxílio jurídico á todos os manifestantes detidos. As ações da população indignada, que eventualmente se transformam em excessos, não devem ser consideradas atos de vandalismos.
O objetivo das nossas manifestações é exigir a revogação do aumento. Não temos a mínima intenção de entrar em confronto com a polícia.
Exigimos que o prefeito se pronuncie imediatamente sobre as fraudes no cálculo da tarifa e se posicione em favor da revogação do aumento. Também exigimos um reposta hábil do poder judiciário pois há 15 dias foi ajuizada uma ação popular pedindo a revogação.
Convidamos toda a população à se somar na próxima quinta-feira, às 16h, na praça Fausto Cardoso, à mais um grande ato pela revogação da tarifa.
#RevogaJoão
Da assessoria do movimento
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