Prefeitura e shoppings fazem acordo por cobrança de estacionamento
Os shoppings centers de Salvador aceitaram as condições apresentadas pela prefeitura e assinaram ontem (18) um Termo de Acordo e Compromisso (TAC) com o município para cobrança de estacionamento; entre as condições, estão aumento de 100% no tempo de tolerância, de 15 para 30 minutos; fiscalização das vagas para deficientes físicos e idosos pela Transalvador, que terá poder de multar os infratores e guinchar os veículos; implantação de vigilância eletrônica e reforço na presença de seguranças para proteger os clientes
Bahia 247 - Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizava a cobrança imediata de estacionamento, os shoppings centers de Salvador aceitaram as condições apresentadas pela prefeitura e assinaram ontem (18) um Termo de Acordo e Compromisso (TAC) com o município.
"Desde o primeiro momento que a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) conseguiu a decisão junto ao STF, o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que a cobrança não seria feita sem que os estabelecimentos se submetessem às exigências da Prefeitura e assim foi feito", disse o secretário Silvio Pinheiro, da Sucom.
A Prefeitura teria que pagar uma multa de R$ 20 milhões só este ano caso se recusasse a permitir a cobrança e ainda teria de arcar com mais R$ 4,5 milhões, valor devido pelo município durante o tempo em que impetrou recursos e conseguiu protelar a cobrança. Durante as negociações com a Prefeitura, os shoppings abriram mão da multa e também aceitaram outras condições para a obtenção do TVL (Termo de Viabilidade de Localização).
Entre as condições, estão aumento de 100% no tempo de tolerância, de 15 para 30 minutos; fiscalização das vagas para deficientes físicos e idosos pela Transalvador, que terá poder de multar os infratores e guinchar os veículos; implantação de vigilância eletrônica e reforço na presença de seguranças para proteger os clientes. "Todas essas medidas beneficiam os consumidores", disse Silvio Pinheiro.
R$ 108 milhões de contrapartida
De acordo com o TAC, numa contrapartida inédita no país, os shoppings centers de Salvador vão construir e passar para patrimônio da Prefeitura 30 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que vão atender mais de 15 mil crianças, um moderno centro de monitoramento de trânsito e a instalação de semáforos inteligentes em vários corredores da cidade. As obras previstas no TAC vão custar R$ 108 milhões.
"Foi um vitória da Prefeitura. Em tese, os shoppings poderiam cobrar sem dar qualquer contrapartida ao município, já que foi uma decisão do STF e não caberia mais nenhum recurso. Mas os empresários acataram a autoridade da nossa administração e conseguimos recursos em obras que vão ajudar muito a população nas áreas de educação e mobilidade urbana e importantes garantias para o consumidor", Disse Silvio Pinheiro.
A Codecon vai fiscalizar os preços estabelecidos pelos shoppings.
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