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Prefeitura vai procurar corpos de presos políticos na Pampulha

Segundo o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, deverá ser feita uma dragagem mais extensa na lagoa em 2013. Principal ponto turístico da capital mineira foi usada como descarte de presos políticos na ditadura militar

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Minas 247 - A informação de que a Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foi usada como uma espécie de cemitério clandestino para cadáveres de presos políticos durante a ditadura militar foi dada pelo livro “Memórias de uma guerra suja”, escrito pelo ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra.

Até hoje, entretanto, nenhuma das dragagens (limpeza) feitas na Pampulha encontrou algum corpo. Apesar disso, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afirma que a prefeitura poderá executar, no ano que vem, um projeto de dragagem mais extensa com o intuito de procurar os cadáveres. Lacerda foi preso durante o regime militar.

Em entrevista à jornalista Denise Motta, do portal iG, o prefeito disse que a prefeitura está avaliando a possibilidade da investigação na lagoa. “Vamos fazer uma nova dragagem bastante extensa no próximo ano”, disse Lacerda.

A Lagoa da Pampulha foi criada quando Juscelino Kubitschek era prefeito de BH. Foi projetada por Oscar Niemeyer e hoje é o principal ponto turístico da capital mineira. O livro de Guerra conta que, depois de morrerem na carceragem da 16ª Delegacia de Polícia de BH, detentos perseguidos pela ditadura eram jogados na lagoa. “As pessoas que morriam ali eram esquartejadas, ensacadas e jogadas na própria lagoa (da Pampulha), com pesos. Foi o que ouvi, nunca participei deste fatos”, diz o livro.

Segundo o ex-deputado federal Nilmário Miranda, que foi secretário de Direitos Humanos no governo Lula, essa é a primeira vez que se tem notícias de desaparecidos políticos em Belo Horizonte.

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