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“Prefiro ficar no Senado, mas seria vice de Eduardo”

Apesar de dizer que ainda é cedo para falar sobre 2014, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) adiantou ao Brasília 247 quais os rumos ele e o partido devem tomar nas próximas eleições; segundo o ex-governador, o deputado federal Reguffe é o "principal nome" da sigla para concorrer ao Palácio do Buriti em 2014; sobre uma possível candidatura à Presidência, Cristovam diz que prefere ficar no Senado, mas não descarta aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos: "Não mereço ser vice de Eduardo, mas se ele me chamar, eu topo com o maior prazer"

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Juliane Sacerdote _Brasília 247 – "Reguffe é o melhor nome para representar o PDT em 2014", responde o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) quando questionado sobre as possibilidades de, mais uma vez, concorrer ao governo do Distrito Federal. Cristovam comandou a capital do país entre 1995 e 1998, interrompendo o reinado de Joaquim Roriz (PSC), que ocupou a cadeira de governador do Distrito Federal por 14 anos, em quatro mandatos.

Segundo o pedetista, Reguffe é um "nome jovem", com chances de ser "um grande governador". Já Cristovam diz que prefere "permanecer no Senado", onde pode dar continuidade aos projetos relacionados à educação, sua grande bandeira política. O senador não descarta, contudo, a possibilidade de vir a ser vice na chapa de Eduardo Campos (PSB), condicionando seu apoio a um convite pessoal do próprio governador de Pernambuco, que o pedista "aceitaria com prazer".

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Confira os principais trechos da entrevista que ele concedeu ao Brasília 247 nesta terça-feira 2.

Brasília 247 – Circula a informação de que o senhor poderia vir a ser candidato ao GDF. Tem fundamento?
Cristovam Buarque - Por enquanto, o PDT quer lançar candidato próprio em 2014. [O deputado federal Antonio] Reguffe é o melhor nome agora. É um nome jovem. Foi o deputado federal mais bem votado no país, em termos proporcionais. Ele pode ser perfeitamente um grande governador. Eu prefiro ficar no Senado, onde posso desenvolver meus projetos na área de educação. Me sinto mais útil lá. É mais fácil me substituir no governo do DF do que como senador da educação.

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Brasília 247 – O que o levaria a concorrer novamente ao GDF?
Cristovam - Eu não sei o que me faria concorrer novamente. Só se nós criássemos um pacto no DF para não ocorrerem greves... Que o secretariado não fosse indicado por deputados... Se fosse possível fazer uma campanha sem pegar dinheiro de empresários... Mas tudo isso é impossível.

Brasília 247 – O deputado Reguffe tem se mostrado meio desiludido com a política. O senhor tem conversado com ele sobre isso?
Cristovam - O Reguffe tem se sentido frustrado com a política. Mas nós temos conversado sim. Ele aceitaria uma vaga para o Senado ou mesmo para o GDF. Poderemos também buscar um nove nome para concorrer ao governo local. Dilma [Rousseff] e [Fernando] Haddad não tinham disputado nenhuma eleição e saíram vencedores. É possível construir novos nomes também. Mas queremos o nome de Reguffe.

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Brasília 247 – Tem se falado muito na possibilidade do senhor ser vice na chapa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, numa eventual corrida ao Palácio do Planalto. É possível?
Cristovam - Já disse ao Eduardo que eu não mereço ser vice dele. Eu sou senador no menor colégio eleitoral do país. O vice tem que trazer votos, por isso o vice deveria ser de grandes colégios eleitorais como Rio de Janeiro, São Paulo ou Rio Grande do Sul. E de preferência uma mulher. Sou pernambucano também, daí seríamos uma chapa bolo de rolo [espécie de rocambole muito apreciado no Recife]. Vou conversar com ele, mas se ele [Eduardo] chegar a conclusão de que seria melhor o meu nome, aí eu topo com o maior prazer.

Brasília 247 – O senhor consideraria uma parceria com Marina Silva?
Cristovam - Com a Marina não. Ela errou ao fazer um novo partido. Ela era para ser a 'Betinha' do século XXI. Betinho [o sociólogo Herbert José de Sousa] não tinha partido e nem mandato, e mesmo assim foi um grande líder social no combate à fome no século passado. Marina deveria se tornar uma líder social. Pelo menos essa é a imagem que tenho dela. Não deveria estar tentando criar um novo partido. Mesmo com meu carinho por ela, eu não estarei ao lado dela, pelo menos não no primeiro turno.

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Brasília 247 – Acredita que Marina vá conseguir as assinaturas necessárias para formalizar o partido no tempo exigido pela Justiça Eleitoral?
Cristovam
- Tenho minhas dúvidas. Para criar um partido, ela vai ter que se juntar com pessoas que defendem o quadrado e não a roda. E aí ela termina se comprometendo. Eu não acredito que ela vá conseguir criar um partido sem ter que abrir as portas para pessoas que não deveriam estar no partido dela.

Brasília 247 – O governador Agnelo Queiroz tem dito que pretende se aproximar do PDT para renovar forças e alianças para 2014. Qual o posicionamento do partido?
Cristovam - Não há possibilidade de reconciliação. Ele preferiu fazer acordos com um deputado [Israel Batista] contra todo o PDT. O PDT não tem razão para se aproximar de Agnelo. Ele tem tentado. Já mandou recados, chamou para almoçar, jantar... Nós não estaremos com Agnelo em 2014. Se o PDT ir contra essa posição estarei fora. Mas não acredito que o partido tome essa posição sem a minha participação.

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