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    Prisão de arapongas deve atritar Campos e Dilma

    Quatro funcionários da Agência Brasileira de Inteligência foram detidos em Pernambuco, quando se passavam por portuários; segundo reportagem da revista Veja, que não comprova suas acusações, eles tentavam bisbilhotar os passos do governador Eduardo Campos; para o Gabinete de Segurança Institucional, buscavam apenas antecipar movimentos e eventuais greves no setor de portos; espionagem política ou apenas mais uma denúncia requentada?

    Prisão de arapongas deve atritar Campos e Dilma

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    247 - Mário Ricardo Dias de Santana, Niiton de Oliveira Cunha Júnior, Renato Carvalho Raposo de Melo e Edmilson Monteiro da Silva. Todos eles são arapongas e trabalham para a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin. Todos eles foram detidos, pela Polícia Militar de Pernambuco, no dia 11 de abril deste ano, quando agiam infiltrados no Porto de Suape.

    A revelação foi feita em reportagem dos jornalistas Hugo Marques e Rodrigo Rangel, na revista Veja deste fim de semana. De acordo com a denúncia, os quatro homens colhiam informações sigilosas que pudessem ser usadas contra o governador pernambucano Eduardo Campos, nas eleições de 2014. Para o Gabinete de Segurança Institucional, orgão da presidência da República, ao qual está subordinada a Abin, os quatro monitoravam atividades no porto e buscavam traçar cenários sobre eventuais greves e movimentações dos portuários - um trabalho típico da área de inteligência.

    Na reportagem, Campos não é ouvido oficialmente sobre a espionagem, ou em on, como se diz no jargão jornalístico. Mas, a ele, são atribuídas declarações graves. "Tive de prender quatro agentes da Abin que estavam me monitorando", teria dito o governador numa reunião com aliados do PPS. "Isso é coisa de quem não gosta de democracia, de um governo policialesco".

    O problema da reportagem de Veja é que nem mesmo um dos presentes à reunião, o presidente do PPS, Roberto Freire, confirma as aspas de Campos. "Não tenho nada a dizer sobre isso", esquivou-se. Oficialmente, Campos disse apenas "procurem o GSI", que, por sua vez, deu o caso por encerrado.

    Espionagem política ou apenas mais uma denúncia requentada por Veja?

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