Procuradora vai à Justiça contra o Cade
Karen Kahn, do Ministério Público de São Paulo, alega que a resistência do órgão a fornecer material sobre caso de cartel em licitações do metrô representa 'obstrução' das investigações. Como parte de um acordo com o órgão federal para se livrar de punições administrativas, a alemã Siemens entregou vários documentos sobre suas negociações com as concorrentes Alstom, CAF e Bombardier
247 - A procuradora da República em São Paulo Karen Kahn foi à Justiça pedir acesso ao material recolhido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nas empresas suspeitas de participar do cartel em licitações de trens no Estado entre 1998 e 2008, revelado pela Siemens.
"A recusa do Cade em compartilhar o que foi obtido nas diligências de busca e apreensão significa uma obstrução à atuação institucional do Ministério Público no sentido de investigar os eventuais crimes e propor as ações penais cabíveis", afirmou Karen Kahn.
Como parte de um acordo com o órgão federal para se livrar de punições administrativas, a alemã entregou vários documentos sobre suas negociações com concorrentes em SP: a francesa Alstom, a espanhola CAF e a canadense Bombardier.
A Procuradoria entende ter direito de acessar o material, já que também assinou o acordo do Cade com a Siemens.
Segundo informações da Folha, via assessoria, o Cade informou ontem que se comprometeu a entregar ao Ministério Público Federal os documentos fornecidos pela Siemens, mas não o material obtido nas outras empresas sob investigação, que só poderia ser fornecido depois de obtida a autorização da Justiça.
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