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    Produtores querem mais álcool na gasolina

    O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, encaminhará um documento ao Governo Federal propondo a ampliação de 25% para 30% da quantidade de etanol anidro à gasolina; a medida tem como finalidade compensar a crise no abastecimento de gasolina no Norte-Nordeste, fazendo com que a importação não seja a única alternativa para resolver o problema decorrente da redução dos custos logísticos da Petrobras

    Produtores querem mais álcool na gasolina
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    PE247 – O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, encaminhará um documento ao Governo Federal propondo a ampliação de 25% para 30% da quantidade de etanol anidro à gasolina. A medida tem como finalidade compensar a crise no abastecimento de gasolina nas regiões Norte e Nordeste, fazendo com que a importação não seja a única alternativa para resolver o problema decorrente da redução dos custos logísticos da Petrobras.

    Em maio, o governo já tinha aumentado de 20% para 25% o percentual do etanol sobre a gasolina. “O aumento do percentual vai estimular ainda mais a produtividade e isso vai recuperar a base econômica nacional”, afirmou o  dirigente à Folha de Pernambuco. De acordo com dados da União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), a produção de etanol em Pernambuco chegou a 170 milhões de litros na safra 2012/2013, enquanto a produção nacional atingiu 9,8 bilhões. Cunha também ressalta os ganhos ambientais com o aumento do teor da mistura. “Teremos uma melhoria na capacidade de oxigenação da gasolina, tendo em vista que o etanol é limpo”, acrescentou.

    A sugestão de aumento do percentual de etanol na mistura com a gasolina vem à tona diante da crise pela qual passa a Petrobras e em função da política de contenção de despesas adotada pela estatal, que visa reduzir os custos logísticos, economizando US$ 1,6 bilhão nos próximos quatro anos, que tem provocado crise de abastecimento em 14 estados das regiões Norte Nordeste. A estatal, inclusive, chegou a ficar impedida de exportar e importar petróleo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta de uma dívida de R$ 7,39 bilhões com a União.

    No entanto, após a revogação da medida para dar continuidade ao abastecimento da gasolina no país, a Petrobrás gastou US$ 3 bilhões para comprar 3,8 bilhões de litros de combustível no mercado internacional apenas em 2013. Além disso, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), foram adquiridos 73% a mais de gasolina do que em 2011.

    O presidente do Sindicato dos Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Fernando Cavalcanti, informou que já foi formalizada uma queixa junto à ANP para pressionar o órgão a se manifestar sobre a crise no abastecimento da gasolina. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o dirigente também cobrou mais engajamento do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) para encontrar alternativas a fim de resolver a crise no abastecimento de gasolina que, há 20 dias, afeta os postos do Norte/Nordeste. “É o próprio órgão que deveria reclamar junto à ANP, mas não tem interesse em fazer isso, porque eles seriam os primeiros a serem prejudicados, tendo que se adequar às cláusulas dos contratos com a Petrobras”, disse.

     

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