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Professor da USP diz que Dilma não deixará espaço para volta de Lula

Consultor poltico, articulista do Estado e crtico do lulismo, Gaudncio Torquato mostra entusiasmo com o estilo da presidenta da Repblica: Ela supera expectativas no campo da gesto, afirma

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Minas 247 - Gaudêncio Torquato, professor titular da USP, consultor político e articulista do Estadão, não é o que se pode chamar de um defensor do ex-presidente Lula ou do PT. Pelo contrário. Nas últimas eleições, em 2010, fez elogios demorados ao então candidato ao Senado por Minas, o ex-governador Aécio Neves, dizendo que ele acertou ao aceitar a comparação entre os ciclos FHC e Lula, resgatando legados como o da privatização. Dois anos antes, foi criticado severamente por petistas ao comparar o presidente americano, Barack Obama, e Lula, mas criticando o brasileiro pela falta de estudo.

Pois, hoje, Torquato está entusiasmado com Dilma Rousseff. Menos por seu governo, mas pelo estilo da presidenta da República. Em seu blog Pirandubas Políticas, ele, que é diretor-presidente da GT Marketing e Comunicação, chega a dizer que, se Dilma continuar “nessa modelagem administrativa”, não deixará espaço para uma eventual volta do ex-presidente Lula. Esse regresso, defende o professor da USP, “teve seu espaço e seu tempo”, mas é, “de alguma forma, retroceder”.

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Ele diz ter formado essa opinião em conversas com empresários, políticos e jornalistas. Outras frases de Torquato:

- “(Dilma) mexeu no mecanismo da poupança sem o estardalhaço da estabanada era Collor”

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- “Supera as expectativas no campo da gestão”;

- “A presidente é capaz de passar três horas analisando planilhas, detalhes, curvas crescentes e descendentes. É seu jeito. Por isso mesmo, tem uma visão mais abrangente e plena da administração federal”.

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Leia abaixo o texto completo de Gaudêncio Torquato em seu blog: 

“A presidente Dilma Rousseff supera as expectativas no campo da gestão. É o que se infere de conversas com empresários, esfera política e jornalistas. Mexeu no mecanismo da poupança sem o estardalhaço da estabanada era Collor. Com ganhos um pouco mais baixos, a poupança, mesmo assim, continua a ser um bom porto para os investimentos. A presidente, na verdade, quis conter a avalanche que poderia inundar o mecanismo, caso continuasse a oferecer a base de incentivos que proporcionava. Não mexeu nas contas de poupadores antigos. E força a queda dos juros.

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Desenhada a nova arquitetura da poupança – e na esteira de movimentos que tendem a forçar os bancos a diminuir seus spreads – o governo Dilma parte para nova frente : o colchão social. Decide aumentar o Bolsa Família e estabelecer um pacote com ações para a primeira infância – crianças de 0 a 6 anos. Ou seja, o governo ampliará os repasses do Bolsa Família para quem tem filhos nessa faixa etária, além de reforçar oferta de serviços de saúde e educação. O governo fornecerá gratuitamente 3 remédios contra asma, como já existe nas áreas de hipertensão e diabetes.

O modus operandi do governo Dilma exibe algumas metas e preocupações : fechar os buracos em toda a malha administrativa ; gerir com parcimônia as demandas políticas ; arrochar os cinturões do governo, particularmente os que circundam os cofres públicos ; avaliar os atrasos nas frentes obreiras ; evitar estouros de contas em algumas frentes ainda sem muito controle ; centralizar processos da gestão. Há críticas a esse modo de governar, particularmente no que toca à excessiva centralização. Diz-se, por exemplo, que a presidente é capaz de passar três horas analisando planilhas, detalhes, curvas crescentes e descendentes. É seu jeito. Por isso mesmo, tem uma visão mais abrangente e plena da administração Federal.

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A continuar nessa modelagem administrativa, não haverá espaço para eventual volta do ex-presidente Luiz Inácio. Que representa um tempo e um estilo de governo. Popular, carismático, discursivo, exuberante, animador de plateias, mobilizador de multidões. Pois bem, esse estilo teve seu espaço e seu tempo. Regressar a ele é, de alguma forma, retroceder. O país agora abre fronteiras no território da racionalidade. Ademais, Lula já não tem o viço, o dinamismo, a força física que exibia para enfrentar os mais espinhosos caminhos. Vê-se um perfil debilitado. Em convalescença.

Por mais que possa ser considerado um paciente curado de grave enfermidade, sobrarão sempre lembranças e resquícios de um ex-doente que não pode e não deve cometer exageros. Dona Marisa Letícia é a primeira a se opor a um programa que ameace debilitar seu marido. Por todo esse conjunto de coisas, o cenário mais viável é o que aponta a permanência de Lula no lugar mais confortável de consultor, orientador, moderador, apaziguador de querelas.

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