Projeto que acaba com 14º gera briga de vereadores
Todos querem ser o pai do projeto que cancela a regalia. Texto de Paulinho Motorista, do PSL, ignorado pela Mesa Diretora da Cmara, que apresenta um material prprio com o mesmo contedo. Lo Burgus (PSDB), presidente da Casa, diz que o colega joga para a plateia
Minas 247 - Ano eleitoral e popularidade em baixa. Os vereadores de BH correm contra o relógio para refazer este ano a imagem negativa construída nos três anos anteriores do mandato. Agora, vale até briga por autoria de projetos populares. Como o que acaba com o 14º e 15º salários para os legisladores do município. O autor do primeiro projeto, Paulinho Motorista (PSL), e o presidente da Câmara, Léo Burguês, se atacam para ganhar a paternidade do fim da regalia.
No fim do ano passado, os vereadores da capital conseguiram mobilizar quase toda a cidade contra o projeto em que eles aumentaram o próprio salário em 61,8% - muito acima, portanto, da inflação. A pressão nas redes sociais e nas galerias da Casa foi tanta que o prefeito Marcio Lacerda acabou vetando o reajuste e os vereadores tiveram de aceitar o veto.
Agora, a sete meses das eleições, os parlamentares da capital tentam melhorar a imagem. Um texto de Paulinho Motorista foi registrado no fim do mês passado e acabava com o pagamento dos salários extras para os vereadores. Mas a Mesa Diretora da Câmara alega que só ela pode legislar sobre salários dos legisladores.
Léo Burguês (PSDB), presidente da Casa, não poupou o colega. “O Paulinho Motorista jogou para a plateia. Foi uma pirotecnia”, afirmou. Motorista, por sua vez, rebate acusando a Mesa Diretora de ter articulado para pegar a paternidade do projeto. “Tenho um documento da assessoria legislativa afirmando que eu posso recolher as assinaturas necessárias (21) e me manter como o autor do texto”, diz o vereador do PSL, em entrevista ao jornal Estado de Minas. Também ao jornal mineiro, o primeiro-secretário da Câmara, Ronaldo Gontijo (PPS), garante que a Mesa não queria “roubar” a ideia de Paulinho Motorista: “Já íamos fazer isso”, afirma.
Na prática, depois que a querela for resolvida, o fim do pagamento do 14º e 15º significará uma economia de R$ 761 mil por ano aos cofres públicos.
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