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      Protesto de estudantes gera tensão em Maceió

      Apoiados por vigilantes da rede estadual de ensino, um protesto de estudantes fechou a Avenida Fernandes Lima; eles reclamam da suspensão do transporte escolar e aumento no preço das passagens de ônibus em Maceió; policiais do Bope usaram bombas de efeito moral

      Apoiados por vigilantes da rede estadual de ensino, um protesto de estudantes fechou a Avenida Fernandes Lima; eles reclamam da suspensão do transporte escolar e aumento no preço das passagens de ônibus em Maceió; policiais do Bope usaram bombas de efeito moral (Foto: Voney Malta)
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      Alagoas247 - Estudantes fizeram um manifesto na manhã desta sexta-feira (27), fechando um dos sentidos da Avenida Fernandes Lima, no Farol, onde cobram transporte escolar. Também em protesto, vigilantes ocupam as dependências do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada (Cepa) e querem a revogação do decreto que demitiu 360 seguranças noturnos da rede estadual de ensino. A manifestação já deixa ruas que dão acesso à Avenida totalmente paradas. 

      De acordo com a secretária do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilante/AL), Mônica Lopes, é inadmissível o tratamento do governo com os profissionais, que dependem dos baixos salários para garantir o sustento das famílias. “Luciano está resistindo e não se reuniu em nenhum momento com a categoria, que está prestes a assinar o aviso prévio, até porque as empresas não receberam e não têm como pagá-los”, informou a secretária. 

      Mônica ainda rebateu uma entrevista do secretário, quando disse que “os vigilantes não estão preparados para garantir a segurança nas escolas”. “Como não estão preparados se passam por cursos de capacitação de dois em dois anos e, desde o início dos trabalhos, o índice de homicídios quase zerou próximo às instituições?”, questionou. Com faixas e carros de som, a categoria está reunida em frente à Secretaria de Educação e quer a revogação do decreto que demite 360 profissionais. 

      Já os estudantes fecharam a Fernandes Lima, bloqueando completamente a passagem de veículos no sentido Tabuleiro/Centro. Eles ameaçam fechar o outro lado, caso o governo não dê respostas quanto à retirada do transporte escolar, cujos motoristas também se unem aos alunos no ato público. Os estudantes aproveitam a oportunidade para chamar a atenção do Município para a gratuidade da passagem no transporte público. 

      “É importante frisar que não é o sindicato que está fechando a avenida. São os alunos que interditam a pista, mas, mesmo assim, apoiamos o protesto e queremos garantir todos os direitos, que são nossos”, disse o presidente do sindicato, Cícero Ferreira. 

      Com o protesto, o trânsito está completamente congestionado no local, com motoristas pegando a contramão. Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) ainda não chegaram ao local.

      O congestionamento chega a atingir Bebedouro, Avenida Josefa de Melo e Durval de Góes Monteiro. Passageiros dos ônibus descem para evitar trânsito e, seguem a pé para o Centro da capital alagoana.

      O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Gerenciamento de Crises da Polícia Militar (PM) e um helicóptero da Defesa Social estão no local, onde devem intervir na manifestação.

      Bope usa bombas de efeito moral para dispersar protesto na Fernandes LimaHouve correria e um grande tumulto se instalou nas proximidades do Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa), onde o ato público começou

      Bope usa bombas de efeito moral

      Quarenta homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) receberam autorização para uso da força para dispersar o protesto de um grupo de estudantes que interditou, no início da manhã, os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, em Maceió. O clima ficou tenso quando os policiais lançaram bombas de efeito moral em direção aos manifestantes. Houve correria e um grande tumulto se instalou nas proximidades do Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa), onde o ato público começou.

      Os que estavam no protesto se isolaram no cruzamento da Fernandes Lima com a Rua Miguel Palmeira. E os militares se posicionaram em fila, como uma tropa de choque, e avançaram em direção aos estudantes. Na medida em que se aproximavam, os policiais lançaram os artefatos. Até o helicóptero da Secretaria de Estado da Defesa Social (Sedres) foi usado para monitorar a manifestação pelo ar.

      “Isso é um absurdo o que o Bope está fazendo. Saímos todos os dias para vir para a escola e não tem ônibus. Não somos vagabundos e cobramos o nosso direito”, gritava uma das estudantes, em entrevista à Rádio Gazeta, nesta manhã. Populares reclamaram do efeito do gás das bombas.

      Militares do Centro de Gerenciamento de Crises da PM também tentaram acordo com os estudantes. O apelo do grupo era para que o transporte escolar fosse retomado. Outros reclamavam do recente aumento da passagem de ônibus de Maceió de R$ 2,50 para R$ 2,75. Os vigilantes que foram demitidos do Estado estavam no Cepa, mas não participaram do bloqueio da via.

      Enquanto o protesto acontecia, as principais vias que dão acesso ao Centro também registraram pontos de congestionamento. As avenidas Durval de Góes Monteiro, Josepha de Melo e a maior parte da extensão da Fernandes Lima ficaram paradas por um longo período. Os trechos alternativos, por trás do Cepa, Bebedouro e Feitosa, também ficaram intransitáveis. Os passageiros dos ônibus tiveram que descer para tentar chegar ao trabalho a pé ou de mototáxi.

      Pelas redes sociais, muitas reclamações foram expostas. Os internautas reclamavam do tempo que estavam aguardando para chegar ao trabalho e a proporção que o protesto se transformou em tão pouco tempo. Muitos diziam que tinham saído de casa antes das 7 horas da manhã e duas horas depois ainda não chegaram ao destino.

      Na Fernandes Lima, uma fileira de ônibus se formou na faixa azul. Os motoristas de veículos de passeio optaram por outras rotas para fugir do longo congestionamento.

       Com gazetaweb.com

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