PSB avança contra o PT nas redes sociais

Paulo Emílio_PE247 – Com uma ascensão meteórica de 22 pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto e com o apoio do padrinho político, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, empatado tecnicamente com o PT,  o candidato do PSB à Prefeitura do Recife, Geraldo Júlio, partiu para o ataque direto contra a gestão de João da Costa (PT) e aos 12 anos nos quais o PT está à frente do Executivo municipal. A mais nova peça de campanha, voltada para as redes sociais, traz imagens de alagamentos, calçadas esburacadas, palafitas e lixo boiando no rio Capibaribe. Se as peças viessem de qualquer outro candidato o fato seria considerado normal. A diferença é que o PSB integra a administração petista, tendo como vice-prefeito o socialista Milton Coelho.

Com a frase “não fique preso ao passado” em destaque, o candidato socialista tenta firmar a sua imagem como opositor a atual gestão do PT, muito embora a aliança na administração municipal permaneça, pelo menos até o momento, inalterada.  O foco da nova campanha tem uma explicação simples. Na mais recente pesquisa realizada pelo Instituto Maurício de Nassau (IPMN) e divulgada pelo Jornal do Commercio, 14,7% dos entrevistados apontaram Geraldo Júlio como o maior nome de oposição a atual gestão.  Quando o questionamento é levado para quem faz oposição ao Partido dos Trabalhadores na capital pernambucana, este índice sobre para 18%.

Embora o direcionamento contra João da Costa seja mais do que evidente,  em momento algum o PSB se posicionou como participante da administração atual. O fato deverá ser explorado pelo PT, que tem o senador Humberto Costa como seu candidato. A nova peça publicitária deverá atritar ainda mais o desgaste entre o PT e o PSB, cuja aliança se estende também em nível nacional. A vinda para o Recife do ex-presidente Lula, prevista para a segunda semana de setembro, e da presidente Dilma Rousseff, cuja data ainda não está definida, poderá colocar um fim a atual querela  ou aumentar ainda mais o distanciamento entre as legendas, caso o PT resolva reagir à altura.

Com madeira para queimar e gasolina espalhada por todos os lados, resta saber quem riscará o fósforo que poderá carbonizar de uma vez uma aliança que até bem poucos meses atrás parecia ser inabalável.