PSB poderá manter Amaral nos quadros do partido

Paulo Emílio, Pernambuco 247 - Apesar da polêmica interna e do clima tenso causado pelo apoio de Roberto Amaral a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, indo de encontro a decisão do partido de apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial, o PSB não pensa em expulsar o ex-presidente nacional dos quadros da legenda.

"Temos muito respeito pelo Amaral, pela sua história e pelo que ele fez para consolidar o partido. Além disso, a posição dele é isolada. A maioria dos diretórios decidiu pelo apoio a Aécio de forma praticamente consensual. Não temos tradição de expulsão. Queremos que ele se sinta à vontade quanto a isso", disse um interlocutor do PSB ao Pernambuco 247.

Apesar de afirmar que a tendência dentro do PSB seja pela não expulsão do ex-presidente, o socialista observou que o assunto deverá ser tratado na primeira reunião da nova Executiva Nacional, que deverá acontecer na semana seguinte após o segundo turno das eleições.

No momento, a preocupação maior da legenda é trabalhar para eleger os candidatos aos governos estaduais da Paraíba, Distrito Federal, Roraima e Amapá, onde o PSB está no segundo turno. Pernambuco foi o único estado onde o PSB conseguiu eleger o governador no primeiro turno.

O partido avalia que as maiores chances de vitória estão na Paraíba, Distrito Federal e Amapá. Na eleição anterior, o PSB conseguiu eleger seis governadores. Deste total, o partido perdeu o Espírito Santo e o Piauí. O governo do Ceará foi perdido quando o governador Cid Gomes deixou a sigla socialista para ingressar no PROS.

Apesar disto, o partido se diz satisfeito com os resultados obtidos neste pleito. Ao término da primeira fase das eleições deste ano, o PSB conseguiu eleger 34 deputados federais e 7 senadores, quatro deles reeleitos. Os socialistas também conseguiram eleger 34 deputados federais.

Na eleição anterior a legenda havia eleito 35 deputados federais, mas em função dos arranjos eleitorais e da saída de alguns membros para outras siglas, o partido deverá fechar este mandato com 24 membros na Câmara.