PSD mineiro pode sofrer debandada geral
A crise pela qual passa a legenda no Estado chegou a tal ponto que oito dos catorze parlamentares que fazem parte dos quadros do partido na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados pensam em abandonar a sigla nos próximos dias; o PSD mineiro possui uma relação bastante estreita junto ao senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB), além de integrar a base de apoio do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB); com estas ligações, a aproximação entre a direção nacional e o presidente Dilma Rousseff (PT) tem elevado a temperatura interna, uma vez que os parlamentares não veem com bons olhos esta ligação
Minas 247 - A insatisfação é geral no PSD mineiro. A crise pela qual passa a legenda no Estado chegou a tal ponto que oito dos catorze parlamentares que fazem parte dos quadros do partido na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados pensam em abandonar a sigla nos próximos dias. O fato foi alvo de uma longa conversa entre o presidente nacional do PSD, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente da legenda em Belo Horizonte e secretário estadual de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, durante encontro na terça-feira. O PSD mineiro possui uma relação bastante estreita junto ao senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB), além de integrar a base de apoio do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). Com estas ligações, a aproximação entre a direção nacional e o presidente Dilma Rousseff (PT) tem elevado a temperatura interna, uma vez que os parlamentares não veem com bons olhos esta aproximação.
No início da semana, Kassab teria assegurado que o PSD não cobrará as vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, por parte dos parlamentares que não sigam as diretrizes da Executiva nacional. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) o mandato pertence ao partido e não ao candidato, o que possibilita que a legenda reivindique os mandatos dos parlamentares insurgentes .
“Ele tem sido cordial e leal em demonstrar as posições dele e tem se esforçado pela nossa permanência, mas, entre o partido e o projeto de Minas, fico com a segunda opção. Se a nossa saída se confirmar, será de forma amigável”, disse o secretário Alexandre da Silveira, que deverá voltar a se encontrar com Kassab nos próximos dias, segundo o jornal Estado de Minas.
Silveira, que é um dos fundadores do PSD mineiro, observa, ainda, que parte dos parlamentares que pensam em deixar a legenda tenta viabilizar a filiação em bloco junto a outro partido. A situação é considerada delicada, uma vez que a direção estadual defende a manutenção do apoio ao PT, com quem está fechado desde as últimas eleições quando optou por apoiar o candidato a prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias (PT). Já a bancada estadual trilhou outro caminho ao marchar em prol de Marcio Lacerda (PSB), que tinha o PSDB ao seu lado na disputa municipal.
O presidente estadual do PSD, Paulo Simão, que é favorável a manutenção da aliança com o PT, recomenda prudência aos correligionários que pensam em abandonar o partido e migrar para outra legenda. “Estamos estudando inclusive a possibilidade de sair com candidato próprio. Uma decisão sobre Minas Gerais não será tomada este ano”, observou.
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