PSDB e PT: pacto pela reeleição em BH
De um lado os tucanos falam em unio em torno de Marcio Lacerda. Do outro, petistas dizem que no fazem campanha junto com o partido de Acio. Na prtica, os dois caminham para estarem lado a lado em outubro
Minas 247 - Depois de o prefeito Marcio Lacerda (PSDB) descartar a hipótese de lançar-se candidato à reeleição sem o PSDB na sua chapa, os tucanos estão mais soltos quando falam do assunto. Agora, propõem até um pacto com o PT pela reeleição em Belo Horizonte.
A ideia do deputado federal Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB e um dos mais destacados políticos do grupo que apoia o senador Aécio Neves, é criar uma comissão com representantes de vários partidos. Isso incluiria o PSB de Lacerda e o PT, claro, mas também os tucanos. A comissão seria responsável pela campanha do atual prefeito da capital mineira. Ele garante que ficou acertado com Lacerda que os dois partidos, PSDB e PT, participariam desse processo sem distinção.
Se for assim mesmo, a única diferença estaria na chapa apresentada ao eleitor, encabeçada por Lacerda e tendo um petista como vice. Mas o PT mineiro não pensa bem assim. De acordo com Reginaldo Lopes, também deputado federal presidente estadual da legenda no estado, não há união com o PSDB na campanha.
Essa é a estratégia do grupo de Reginaldo no PT, liderado pelo ministro do Desenvolvimento e ex-prefeito Fernando Pimentel: negar atividades conjuntas com os tucanos na campanha, mas não fazer objeções práticas à entrada da legenda na coligação. É uma forma de ao menos acalmar a militância petista e alguns dirigentes do PT de Minas, que, se aceitam a composição com Lacerda pela reeleição, não admitem que dela faça parte o partido de Aécio Neves.
Leia texto abaixo da jornalista Amália Goulart, do jornal Hoje em Dia:
PSDB propõe pacto com PT pela eleição de Lacerda
O PSDB propõe uma união com o PT para dividirem a coordenação da campanha pela reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Formariam uma espécie de comissão, juntamente com representantes de outros partidos, para analisar questões relativas à eleição do socialista, como estratégia de marketing e programa de governo. “Há uma estratégia comum da aliança. Temos que superar este fogo amigo, este período de ajuste. Temos que começar uma agenda positiva da de discussão sobre as estratégias da campanha e programa. Tem que surgir uma identidade coletiva da aliança”, afirmou o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana.
Segundo ele, ficou acertado com Lacerda que os dois partidos participariam ativamente do processo eleitoral, sem distinção. “Devemos dividir a coordenação da campanha, como em 2008. Em Brasília, conversamos o tempo todo com Gabriel (Guimarães), Miguel (Corrêa), Reginaldo (Lopes). Em 2008, eu era da coordenação. Tínhamos reuniões segundas, quartas e sextas. Roberto (Carvalho) participava. Às vezes, o próprio (Fernando) Pimentel. Junto com os marqueteiros e o pesquisador”, emendou Pestana. Ele citou os três deputados federais aliados do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, articulador da primeira campanha de Lacerda à Prefeitura, em 2008. Na época, um dos defensores da aliança informal com os tucanos foi o atual vice-prefeito, Roberto Carvalho (PT), hoje desafeto do socialista e defensor de candidatura própria petista.
De acordo com Pestana, passada a crise interna no PT, a legenda deve se unir ao PSDB para articular, em conjunto, o projeto de reeleição.
O presidente estadual petista, Reginaldo Lopes, garantiu a presença da legenda nas principais decisões, porém, negou união com os tucanos. “Não queremos fazer campanha com o PSDB. Vamos fazer com Lacerda. Vamos participar ativamente, mas sem o PSDB”, afirmou. Segundo Lopes, petistas já colhem sugestões para serem incluídas no programa de governo.
O PT trava uma batalha interna que deve chegar ao fim no próximo domingo. Na ocasião, será escolhido o nome do candidato a vice na chapa de Lacerda. O nome mais cotado é do deputado Miguel Corrêa. O encontro petista promete polêmica. Isto porque o grupo de Roberto Carvalho pretende colocar em discussão, novamente, a possibilidade de candidatura própria. Ele entende que a resolução do partido, aprovada no último dia 25 de março, impossibilita a aliança, se o PSDB estiver na coligação.
Os aliados de Pimentel argumentam que a resolução impõe um veto político aos tucanos, não formal. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, já informou que tem o mesmo entendimento que os “pimentistas”. Ele já avisou aos responsáveis pelas negociações que a direção nacional acatou a resolução sem a proibição formal ao PSDB. O presidente nacional do PT desembarca amanhã na capital.
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