PT e PMDB se juntam e Iris herda desgaste de Paulo

Goiás247 - O PT oficializou a aliança com o PMDB de Iris Rezende para a disputa do segundo turno em Goiás. Desde domingo passado, dia da eleição, já existiam fortes indícios de que a união seria selada rapidamente. A exigência do candidato derrotado Antônio Gomide foi que o PMDB apoiasse a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"A partir de agora os militantes estão liberados para fazer campanha para o peemedebista. Estamos integralmente na campanha de Iris", disse o presidente do PT goiano, Ceser Donisete. A retomada da aliança traz para a campanha de Iris o peso da gestão conturbada de Paulo Garcia (PT) à frente da prefeitura de Goiânia.

Paulo convive com uma crise administrativa desde o ano passado e chegou a ser rejeitado por 80% dos goianienses. Seu mau desempenho como gestor se refletiu na votação da presidente Dilma em Goiânia, que ficou em terceiro lugar, perdendo para Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).

O prefeito era o vice de Iris em 2010 quando o cacique peemedebista deixou a prefeitura para disputar o governo do Estado. Reeleito com apoio total de Iris em 2012, Paulo Garcia se viu mergulhado numa gestão marcada pelas crise financeira, a sujeira na cidade com a coleta de lixo deficiente e o escândalo dos supersalários na Comurg.

Sempre de olho no pleito de 2014, Iris nunca se envolveu diretamente nos problemas da prefeitura e evitou se desgastar tentando defender Paulo Garcia. Não bastasse as crises que perduram desde 2013, Paulo Garcia e Iris se viram envolvidos em outra crise política há duas semanas: o aumento no valor do IPTU.

O projeto de autoria de Paulo Garcia foi aprovado com votos de todos os vereadores do PMDB. Nem mesmo os protestos de entidades classistas, associações comerciais e vereadores de oposição conseguiram barrar o aumento. Os aliados de Marconi Perillo dizem que Iris é responsável direto pelo reajuste do IPTU porque poderia ter orientado os vereadores do PMDB a votar contra, o que não aconteceu.