PT e PSB avaliam que reaproximação será lenta
Encontro do governador de Pernambuco com o ex-presidente Lula causou surpresa no meio político, uma vez que os socialistas romperam com o PT nas últimas eleições e não havia sinalização de reatamento a curto prazo; a avaliação é que o encontro pode render frutos para ambos os partidos; o PSB quer melhorar a relação institucional com o governo federal, enquanto o PT busca o apoio necessário para equilibrar as votações na Câmara, cuja presidência está nas mãos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto da presidente Dilma
Pernambuco 247 - O encontro do governador e vice -presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, causou surpresa no meio político, uma vez que os socialistas romperam com o PT nas últimas eleições e praticamente não havia uma sinalização de um reatamento a curto prazo.
A avaliação é que o encontro desta quinta-feira pode render frutos para ambos os partidos. O PSB quer melhorar a relação institucional com o governo da presidente Dilma Rousseff, enquanto o PT pode encontrar na legenda socialista o apoio necessário para equilibrar as votações na Câmara Federal, cuja presidência está nas mãos do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que embora pertença ao maior partido da base aliada é considerado desafeto do partido.
Apesar da movimentação, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse não acreditar que haja uma reaproximação política entre petistas e socialistas a curto prazo. "Não acredito que no curto prazo isso possa representar uma aproximação em termos político-eleitorais, por exemplo", disse ao Blog do Jamildo. "Estamos todos trabalhando na perspectiva de construção de uma relação institucional e administrativa boa entre o governo federal e o Estado de Pernambuco. Isso é importante tanto para o governo Dilma, quanto para o governo do PSB aqui no Estado", completou.
O ex-ministro do Governo Dilma e senador eleito por Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB), era até recentemente uma das poucas vozes do partido socialista a defender uma reaproximação entre as legendas. "Isso é o início de um diálogo que mais cedo ou mais tarde precisava ser retomado. Ao ir a Lula, Paulo dá um primeiro passo para a aproximação com o governo federal, para que possa ter um diálogo mais amistoso e intenso", disse ao Jornal do Commercio.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ao jornal Folha de Pernambuco que uma possível reaproximação , caso aconteça, será feita de forma gradual. "Se existir aproximação será em torno de ideias positivas para o País. Fora isso não somos um partido procurando cargos e não vamos nos comportar como um partido convencional", afirmou.
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