PT larga na frente em palanques no Nordeste
Região será uma das maiores prioridades dos presidenciáveis nas eleições de 2014; o PT saiu na frente na montagem de palanques locais ao trabalhar pesadamente na formatação de candidaturas próprias ou de forma conjunta com aliados; a legenda pretende atuar com candidaturas aliadas em pelo menos cinco dos nove estados, além de estruturar chapa própria em pelo menos outros quatro lugares
PE247 - O Nordeste deve ser uma das maiores prioridades dos presidenciáveis nas eleições de 2014. A Região, que possui o principal índice de crescimento do Brasil, vem recebendo atenção especial da presidente Dilma Rousseff (PT) e dos presidenciáveis Eduardo Campos (PSB-PE) e Aécio Neves (PSDB-MG). Atualmente, o Nordeste é classificado como reduto eleitoral de Campos, que é chefe do executivo Pernambucano, mas a ligação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma exerce grande influência junto à população nordestina. Apostando neste potencial, o PT saiu na frente no que diz respeito a formação de palanques nos estados da Região.
O PT saiu na frente na montagem de palanques no Nordeste ao trabalhar pesadamente na formatação de candidaturas próprias ou de forma conjunta com aliados. A legenda pretende atuar com candidaturas aliadas em pelo menos cinco dos nove estados da região, além de estruturar chapa própria em pelo menos quatro lugares (Alagoas, Ceará, Maranhão Paraíba), segundo o jornal Folha de São Paulo. Na Bahia, em Pernambuco e no Ceará, Dilma tem aliados considerados competitivos, de acordo com as primeiras pesquisas de opinião.
A saída de Campos da aliança com o PT e o pré-lançamento do nome socialista para a eleição presidencial de 2014, entretanto, representa um obstáculo para os petistas, que não podem mais garantir os 70% de apoio que Dilma recebeu no segundo turno das eleições Federais de 2010 na Região. Em Pernambuco, Campos foi reeleito governador com 83% dos votos válidos na mesma eleição, caracterizando o Estado como principal reduto eleitoral do pessebista, que ainda não definiu quem lançará para a sucessão na eleição estadual do próximo ano.
Campos pretende lançar candidatos socialistas em todos os estados nordestinos, porém encontra mais dificuldade no Ceará. O estado é o reduto eleitoral dos irmãos Ciro e Cid Gomes, que comandam a política local. Ciro e Cid, ex-membros do PSB, discordaram do plano presidencial apresentado por Eduardo para 2014, defendendo a reeleição de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. A consequente saída dos irmãos – e do bloco aliado dos Ferreira Gomes, estimado em mais de 700 políticos – do PSB (migrando para o então recém-criado PROS) enfraqueceu o nome do socialista no estado cearense.
Já o tucano Aécio Neves deve participar como coadjuvante na luta pelo apoio nordestino. Apesar de ter um apoio pequeno em Pernambuco, a partir do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) – que ficou em segundo lugar nas últimas eleições municipais para a capital pernambucana, com cerca de 25% dos votos válidos –, Aécio pode se juntar no estado com o candidato que será apontado por Campos para o pleito, e no Ceará deverá contar significativamente com o apoio de Tasso Jereissati, que não se reelegeu ao Senado nas eleições de 2010. Já na Bahia, o tucano espera a definição da candidatura oposicionista ao governo do petista Jaques Wagner, ainda indefinida entre Geddel Vieira Lima (PMDB) e Paulo Souto (DEM).
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