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      'Quadrilha se aproveitou de tragédia para furtar'

      Prefeito de Mariana, Duarte Júnior informou que o executivo municipal e comerciantes foram lesados por criminosos que se aproveitaram da tragédia ambiental na cidade para furtar máquinas usadas em obras de estradas; suspeitos se apresentaram como voluntários da prefeitura e usaram o nome de uma empresa do Rio para alugar 11 máquinas; em coletiva de imprensa, o chefe do executivo afirmou que quatro das máquinas ainda não foram encontradas e o prejuízo, para a empresa dona dos equipamentos, ultrapassa R$ 2 milhões

      Prefeito de Mariana, Duarte Júnior informou que o executivo municipal e comerciantes foram lesados por criminosos que se aproveitaram da tragédia ambiental na cidade para furtar máquinas usadas em obras de estradas; suspeitos se apresentaram como voluntários da prefeitura e usaram o nome de uma empresa do Rio para alugar 11 máquinas; em coletiva de imprensa, o chefe do executivo afirmou que quatro das máquinas ainda não foram encontradas e o prejuízo, para a empresa dona dos equipamentos, ultrapassa R$ 2 milhões (Foto: Leonardo Lucena)
      Leonardo Lucena avatar
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      Minas 247 - O prefeito de Mariana (MG), Duarte Júnior, informou que o executivo municipal e comerciantes foram lesados por criminosos que se aproveitaram da tragédia ambiental na cidade para furtar máquinas usadas em obras de estradas. Suspeitos se apresentaram como voluntários da prefeitura e usaram o nome de uma empresa do Rio para alugar 11 máquinas. Em coletiva de imprensa, o prefeito disse que quatro das máquinas ainda não foram encontradas e o prejuízo, para a empresa dona dos equipamentos, é superior a R$ 2 milhões.

      O rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro do ano passado despejou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de lama no meio ambiente, o suficiente para encher 24 mil piscinas olímpicas (50 metros), de acordo com a mineradora Samarco, responsável pela barragem. A lama, que chegou ao litoral do Espírito Santo, atingiu cerca de 663 quilômetros de rios, conforme laudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tragédia provocou a morte de 17 pessoas.

      O prefeito afirmou que os suspeitos voluntariamente procuraram a secretaria responsável por intervenções em estradas e se dispuseram a prestar serviços sem custos. Foi assinado com o executivo um contrato da prestação de serviços para a retirada de lama e entulho, abertura de estradas e colocação de cascalho nas vias.

      De acordo com o executivo, o contrato é uma prática adotada com todas as empresas que realizaram trabalhos após o desastre em Mariana, mesmo sem contrapartida financeira. Neste golpe, os suspeitos usaram o nome da construtora e transportadora HCS, com sede no Rio de Janeiro. A prefeitura também se considera vítima, pois teve o nome usado por falsários.

      Na primeira quinzena de dezembro, 11 máquinas foram locadas pelos suspeitos da Lafaete Locações, com sede em Belo Horizonte, com pagamento a ser feito em janeiro. Dez foram entregues no ato do contrato de locação e uma seria entregue no dia 11 deste mês, o que não chegou a se realizar.

      Outro lado

      A Lafaete disse ao G1 que, justamente no dia 11, o GPS de monitoramento das máquinas parou de funcionar, levantando suspeitas. Ladrões teriam quebrado os rastreadores, o que facilitaria no deslocamento dos equipamentos.

      O advogado da HCS, Alexandre Félix de Resende, afirmou que a construtora foi surpreendida quando soube do crime por um representante da Lafaete. Na última segunda-feira (11), este funcionário foi até a sede da HCS, no Rio, para saber onde estavam as máquinas que estavam com os GPS desligados.

      De acordo como defensor, de posse do suposto contrato, o dono da HCS rapidamente identificou que a assinatura tinha sido falsificada de forma grosseira. Resende registrou um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (14), na capital fluminense.

      O prefeito de Mariana informou que seis máquinas já foram recuperadas e a empresa de locação. Três caminhões estavam no pátio da prefeitura, duas máquinas em um posto de gasolina e outra abandonada perto de uma obra. Outras quatro continuam desaparecidas. A Polícia Civil investiga o caso.

      Mais prejuízos

      Dois dos suspeitos se hospedaram em um hotel de Ouro Preto (MG) e fugiram sem pagar as diárias e o consumo do frigobar. Segundo o proprietário Júlio Pimenta, o prejuízo chega a R$ 1,7 mil. 

      Os suspeitos também deram calote em um posto de gasolina no valor de R$ 18 mil. Uma lavanderia também foi contratada para lavar as roupas dos criminosos. O valor do golpe não foi divulgado.

      O dono de uma locadora de carros também teve a caminhonete furtada. De acordo com Paulo Henrique Della Valentina, o prejuízo é de R$ 90 mil. Ele informou, ainda, que outros dois veículos foram alugados, tiveram o rastreador estragado, mas não foram levados pelos ladrões.

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