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    "Quero um país limpo, mas impeachment é golpe"

    Governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB) afirmou, nesta segunda (2), que "o Brasil não está bonito na situação em que se encontra", mas classificou como "golpe" a tentativa de "impingir" na presidente Dilma Rousseff a pecha de corrupta; ele também rechaçou a possibilidade de impeachment, cobrando do senador Aécio Neves "mais respeito" à memória do seu avô, Tancredo Neves, que "defendeu a democracia"; Jackson disse ainda que o PMDB deve ser "mais compreensivo" com o governo e deve diminuir o nível de pressão, "que está muito alto"; sobre a Petrobras, ele frisou que as investigações só são possíveis num "Estado democrático de Direito sólido"

    Governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB) afirmou, nesta segunda (2), que "o Brasil não está bonito na situação em que se encontra", mas classificou como "golpe" a tentativa de "impingir" na presidente Dilma Rousseff a pecha de corrupta; ele também rechaçou a possibilidade de impeachment, cobrando do senador Aécio Neves "mais respeito" à memória do seu avô, Tancredo Neves, que "defendeu a democracia"; Jackson disse ainda que o PMDB deve ser "mais compreensivo" com o governo e deve diminuir o nível de pressão, "que está muito alto"; sobre a Petrobras, ele frisou que as investigações só são possíveis num "Estado democrático de Direito sólido" (Foto: Valter Lima)

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    247 - O governador Jackson Barreto (PMDB) afirmou, nesta segunda-feira (2), em entrevista ao jornal Cinform, que "o Brasil não está bonito na situação em que se encontra", mas classificou como "golpe" a tentativa de "impingir" na presidente Dilma Rousseff a pecha de corrupta. Ele também rechaçou a possibilidade de impeachment e cobrou do seu partido, o PMDB, que seja mais compreensivo com o governo e diminua o nível de pressão, "que está muito alto".

    "Merecemos um país melhor, quero um país limpo, que apure a corrupção, que coloque os ladrões na cadeia, dos mais ricos ao mais pobre, agora, a tentativa de impeachment é golpe de Estado contra um governo legitimamente democrático, e vai me encontrar do outro lado, mas não é do outro lado desarticulado, como mero espectador. Não. É na linha de frente, militante", afirmou JB.

    Para ele, o "Brasil nunca viveu um momento tão experiente e tao importante como esse para se apurar corrupção na Petrobras e em qualquer área do setor da vida nacional". "E é bom frisar que o aprofundamento dessas investigações e que que levar a sociedade o conhecimento desses fatos nebulosos, a gente tem que compreender que só se faz num Estado Democrático de Direito. Estado democrático de Direito sólido é quem nos propicia essas investigações que estão acontecendo. É quem nos propicia botar os corruptos e ladrões na cadeia. Agora aqueles que foram destruídos e derrotados na eleição querer aproveitar o momento e tentar usar isso para impingir na presidente a pecha de corrupta, sabemos que isso se chama golpe", ressaltou.

    Com relação ao impeachment, o governador de Sergipe se dirigiu diretamente ao senador Aécio Neves (PSDB). "Eu gostaria de dizer que Aécio Neves deveria se respeitar, porque a vida do seu avô, Tancredo Neves, foi a de defender a democracia, desde o tempo que foi ministro do governo de Getúlio Vargas e que ocupou o papel que ocupou na oposição da ditadura militar", disse.

    Sobre os problemas pelos quais o país passa, Jackson Barreto cobrou uma discussão menos partidarizada. "O Brasil não está bonito na situação em que se encontra. O Brasil estaria melhor se tivesse numa situação financeira mais segura com empregos garantidos. Se o Brasil tivesse continuado seu processo de crescimento e nós não vivêssemos ameaçados com a inflação e a classe política também entendesse o momento que estamos vivendo, no sentido de que não se fizesse tanta pressão ao Governo. O Brasil estaria melhor, se ao invés de ter a sua atenção voltada os interesses da população, não estivesse voltado para a discussão política de partido A, partido B e do partido C. Não é momento de você discutir os projetos dos partidos. É momento de discutir um projeto do Brasil. E o que nós vimos hoje é uma discussão de partidos. É o partido A, B e C, cada um defendendo os interesses de seus projetos. Não gosto dessa visão. Acho ela atrasada, inadequada e inoportuna", afirmou.

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