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Rabino emociona com canto indígena em homenagem a Bruno e Dom em templo judaico (vídeo)

O rabino Uri Lam fez uma kadish - prece pelos mortos, na tradição judaica - com a música indígena que viralizou na voz de Bruno

Rabino homenageia Bruno e Dom com canto indígena (Foto: Reprodução)
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247 - O vídeo de uma celebração judaica num templo de São Paulo ganhou repercussão nas redes sociais neste sábado (18) pela beleza da homenagem ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista Dom Phillips.

Durante reza no Templo Beth-Ei, como forma de lembrar os dois, o rabino Uri Lam fez uma kadish - prece pelos mortos, na tradição judaica. 

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Na oração, ele cantou a música indígena entoada por Bruno em vídeo que viralizou nas redes sociais depois de sua morte. 

“Pela elevação da memória de Bruno Pereira e Dom Philips”, disse Lam, ao fim da prece. O vídeo também foi compartilhado no Twitter pela antropóloga Beatriz Matos, viúva de Bruno. “A beleza disso é indescritível”, comentou.

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Assista aos dois vídeos abaixo, do rabino e de Bruno:


Abaixo, um texto de Michel Gherman, professor de Sociologia da UFRJ e do Instituto Brasil-Isrsael, sobre a kadish e a homenagem a Bruno:

Na tradição judaica há uma prece pelos mortos. Se chama kadish. É a prece em que os que ficam homenageamos os que se foram. Filhos, alunos e amigos costumam fazer o kadish para seus entes queridos.

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O kadish é uma espécie de santificação da vida. Não fala da morte, mas santifica o que se fez na terra. O judaismo secular, inclusive tem formas laicas de kadish.

Faz isso falando do que foi feito pelos que não estão mais. Poesias, atos de bondade. Tive a oportunidade de fazer um kadish secular às vítimas de Ticotyn, uma aldeia Polônia destruída pelos Nazistas. 

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Como todos ali morreram, não há quem os homenageie. Assim, todo ano, se faz ali um kadish para as vitimas da barbárie nazista, homens, mulheres e crianças, cuja memória depende de nossas preces, seculares ou santas. 

Não havia me dado conta, mas o indigienista Bruno, esquartejado por uma política assassina e de destruição da Amazônia,  havia deixado, antes de morrer, seu kadish. 

Ele aparece em um vídeo fazendo um canto dos povos indígenas da região. Esse é seu kadish! Isso é a força do que ele fez em vida. O rabino Uri Lam  percebeu isso e na Sinagoga entoou o kadish ao indigienista nesse shabat.

O cântico indígena ecoou entre as paredes da sinagoga de São Paulo. Enquanto o presidente henocida comemora a morte em motociatas nazistas, é o cântico na sinagoga que vai resistir à barbárie. 

Não precisamos de "harmonia", Mas de justiça. Tal qual algozes nazistas da Europa e ditadores nas americas encontraram os castigos a seus crimes, esse deve ser o destino de Bolsonaro e de sua corja. E quanto a Dom e Bruno, que suas memóriam sejam abençoadas pelos que aqui estão.

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