Racha interno do PT é cada vez mais exposto
Em seu guia eleitoral, o senador e candidato Humberto Costa (PT) atacou o correligionário e chefe do Executivo municipal, João da Costa, dizendo que o mesmo não deu continuidade à gestão do ex-prefeito João Paulo, seu antecessor; A briga agora é generalizada
Leonardo Lucena_PE247 – O descontentamento do candidato à Prefeitura do Recife (PCR), Humberto Costa, com o atual gestor do município, João da Costa, está cada vez mais evidente. Em seu guia eleitoral, o senador atacou o chefe do Executivo municipal dizendo que o correligionário não deu continuidade à gestão do ex-prefeito João Paulo, seu antecessor. Ou seja, mais “lenha na fogueira” está sendo colocada dentro do Partido dos Trabalhadores e o racha interno fica cada vez mais explícito.
“Infelizmente, a atual administração do Recife sobre a qual reconhecemos a nossa responsabilidade não correspondeu às expectativas. Projetos e ações de João Paulo não tiveram prosseguimento e a cidade não está bem cuidada”, disse o congressista no guia eleitoral levado ao ar nesta segunda-feira (1).
Durante o período de campanha, as divergências internas do PT voltaram a ter repercussão na Imprensa e na opinião pública após João da Costa não apoiar explicitamente a candidatura de Humberto Costa. Porém, em meio às tentativas de explicações por parte de cientistas políticos de que as divergências internas do PT se consolidaram como um entrave para que a atual gestão fosse bem avaliada, o senador joga responsabilidade para cima do atual prefeito.
“Não é verdade que o trabalho do prefeito foi atrapalhado por disputas partidárias”, afirmou Humberto Costa, em seu guia. “João da Costa não aceitou a decisão do PT de oferecer um caminho diferente aos recifenses”, acrescentou, referindo-se ao fato de o prefeito ter ficado indignado por ter tido sua candidatura impugnada pela Executiva Nacional do partido.Humberto também vem acusando sucessivamente o prefeito de estar apoiando o adversário Geraldo Júlio (PSB).
Mesmo após João da Costa ser impedido de disputar a reeleição, havia possibilidades, ainda que remotas, dele apoiar Humberto Costa, caso o candidato defendesse a gestão do atual prefeito. Mas como isso não ocorreu, o prefeito não deu apoio oficial ao candidato Geraldo Júlio(PSB) mas também não fez força alguma para defender o correligionário.
Com esta situação, a posição de Humberto Costa fica ainda mais fragilizada, uma vez que parte da legenda não quer soltar os cargos que detém junto ao Governo estadual. Rompido com o atual prefeito e sem a participação dos grandes nome do partido, como o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Roussef em sua campanha, Costa vem em queda livre nas pesquisas de intenção de voto. Caso esta tendência continue, resta saber qual a avaliação que o PT fará de todo este processo. Só que quando isto acontecer pode ser tarde demais.
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