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Regina denuncia racismo introjetado na sociedade brasileira

No dia da consciência negra, a senadora Regina Sousa (PT-PI) comparou dados levantados por estudos feitos desde a década de 1950, pelas Nações Unidas, com outros divulgados recentemente pela CPI que investigou os assassinatos de jovens no Brasil; parlamentar mostrou que o País tido e havido como democracia racial encontra-se, atualmente, diante de seus próprios fantasmas, pois o patrimonialismo secular, o autoritarismo das elites, a desigualdade e a mobilidade social seletiva continuam sendo estorvos à concretização do ambiente democrático; “Precisamos enfrentar o desafio de purgar o mais importante dos nossos problemas sociais, que é o racismo, questão que se relaciona fundamentalmente às sequelas provenientes de mais de três séculos de vigência do regime escravista”

No dia da consciência negra, a senadora Regina Sousa (PT-PI) comparou dados levantados por estudos feitos desde a década de 1950, pelas Nações Unidas, com outros divulgados recentemente pela CPI que investigou os assassinatos de jovens no Brasil; parlamentar mostrou que o País tido e havido como democracia racial encontra-se, atualmente, diante de seus próprios fantasmas, pois o patrimonialismo secular, o autoritarismo das elites, a desigualdade e a mobilidade social seletiva continuam sendo estorvos à concretização do ambiente democrático; “Precisamos enfrentar o desafio de purgar o mais importante dos nossos problemas sociais, que é o racismo, questão que se relaciona fundamentalmente às sequelas provenientes de mais de três séculos de vigência do regime escravista” (Foto: Leonardo Lucena)
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No Piauí Hoje - A senadora Regina Sousa (PT-PI) discursou neste 20 de novembro, como ela disse: “Não apenas para celebrar a mais importante data do movimento negro no Brasil, mas para falar sobre a luta da população negra para ser reconhecida, ser vista, ser enxergada neste País como uma população igual a qualquer outra”.

Regina comparou dados levantados por estudos feitos desde a década de 1950, pelas Nações Unidas, com outros divulgados recentemente pela CPI que investigou os assassinatos de jovens no Brasil, relatada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ela mostrou que o país tido e havido como democracia racial encontra-se, atualmente, diante de seus próprios fantasmas, pois o patrimonialismo secular, o autoritarismo das elites, a desigualdade e a mobilidade social seletiva continuam sendo estorvos à concretização do ambiente democrático.

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“A escravidão acarretou tanto a chaga do racismo quanto a do preconceito e da discriminação racial. Precisamos enfrentar o desafio de purgar o mais importante dos nossos problemas sociais, que é o racismo, questão que se relaciona fundamentalmente às sequelas provenientes de mais de três séculos de vigência do regime escravista”, desafiou, lembrando que as desigualdades sociais, notadamente as de renda e principalmente as de oportunidade, têm, na diferenciação racial, a sua explicação.

“O IBGE mostrou que 76% das pessoas mais pobres no Brasil são negras. O Unicef revelou que a mortalidade infantil da população negra é 40% maior do que o da população branca. Os negros recebem salários que são 40% menores do que os dos brancos, e o desemprego da população negra é 50% acima, se comparado com o percentual dos trabalhadores brancos. E, nas crises, são os negros os primeiros a perderem o emprego, como observamos na crise atual”.

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Regina disse que o racismo está encrustado nas relações sociais em geral, atuando como uma espécie de filtro social, abrindo oportunidades para uns, fechando portas para outros, “a desenhar uma sociedade extremamente desigual e injusta, cujas bases iníquas estão assentadas na clivagem racial”.

A senadora apontou que a superação está na educação das crianças, porque, em sua opinião, os adultos já estão com o sentimento do racismo introjetado. “A gente até se policia, mas às vezes escapa. Há as piadas que se contam na maior naturalidade, as frases que se dizem sem pensar”, disse. Na opinião de Regina, as crianças aprendem e incorporam as ideias para sempre. “Há que se educar para não se sentir diferente. É preciso dizer que a criança negra não é diferente da criança branca, sentar os dois, mostrar que têm o mesmo corpo, que apenas a cor da pele é diferente, e isso não pode justificar um agredir o outro”.

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Regina terminou seu discurso recitando trecho de música dos compositores piauienses Cineas Santos e Feliciano Bezerra em que eles ironizam o racismo escondido em ditados populares: “Eu não sujei lá na entrada / Eu não sujei pela vida / Mas só para aborrecer / Só para ver feder / Vou sujar na saída / E eu quero ver / Quando feder / Quem vai limpar”.

Fonte: Ascom Gab. Senadora

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