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Reuters lança Jaques Wagner para o lugar de Lula

Segundo informações da Reuters, cresceram no PT as conversas sobre o nome de Jaques Wagner para assumir a chapa com o provável impedimento do ex-presidente Lula; “Não é, demérito do Haddad, mas a gente considera que Jaques tem experiência política e administrativa maior e, sendo do Nordeste, pode sair já com votação expressiva”, disse uma fonte do partido

Reuters lança Jaques Wagner para o lugar de Lula (Foto: Elza Fiúsa/Agência Brasil)
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BRASÍLIA (Reuters) - Apesar da insistência de que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será registrada, cresceram no PT as conversas sobre o nome de Jaques Wagner para assumir a chapa com o provável impedimento do ex-presidente, disseram à Reuters fontes que acompanham o assunto.

O ex-governador baiano sempre foi um dos cotados como plano B do PT, junto com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. No entanto, Wagner, que tem boas chances de se eleger senador, negava que aceitaria a missão. Nas últimas semanas, no entanto, ele tem dito que não teria como negar um pedido de Lula. Fontes ligadas ao ex-governador admitem que a pressão tem sido grande sobre ele.

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“Prioridade na cabeça dele (Lula) seria mais Jaques. Não é, demérito do Haddad, mas a gente considera que Jaques tem experiência política e administrativa maior e, sendo do Nordeste, pode sair já com votação expressiva”, disse uma fonte do partido, que pediu para não ser identificada.

O ex-presidente, preso há 100 dias em Curitiba condenado por lavagem de dinheiro e corrupção no caso do apartamento tríplex, teria dito a interlocutores que gostaria de repetir a chapa Nordeste-Minas Gerais que o elegeu, colocando como vice Josué Gomes, dono da Coteminas e filho do falecido José Alencar, que foi vice-presidente do petista.

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No caso de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, não poder concorrer —o que é o mais provável, já que é condenado em segunda instância e pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa—, a aliança NE-MG se repetiria com Wagner na cabeça de chapa.

Na semana passada, Wagner se reuniu com o presidente do PR, Valdemar Costa Neto, para tratar de uma possível aliança —Josué se filiou ao partido em abril. De acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters, a conversa não foi adiante porque o dirigente partidário exigiu do PT, para fechar o acordo, a garantia de que, com a provável impugnação de Lula, Josué e o PR assumissem a cabeça de chapa.

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“Isso não vai acontecer nunca. O PT jamais vai concordar com isso”, disse uma fonte ligada ao partido.

A ideia que tem sido aventada dentro do PT é justamente preparar Wagner, que também foi ministro nos governos petistas, para assumir no lugar de Lula depois da impugnação e manter o equilíbrio Nordeste-Sudeste.

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O PR, por sua vez, tem sido procurado por diversos partidos para fazer alianças, graças a seu tempo de TV. Valdemar Costa Neto negociava com o presindenciável do PSL, deputado Jair Bolsonaro, uma aliança, mas a desistência do senador Magno Malta em sair como vice na chapa e as dificuldades regionais emperraram as conversas.

“DILMA DE CALÇAS”

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Decidido a manter a candidatura de Lula até quando for possível, o PT tem tido dificuldades de fechar alianças justamente porque os partidos que negociam, como PR e o PSB, apostam na impugnação de Lula e querem saber quem vai ser o candidato de fato.

Fernando Haddad sempre foi tratado como principal plano B, apontado inclusive por Lula como um possível substituto, e agradaria ao PSB. No entanto, o ex-presidente de São Paulo e coordenador do programa de governo do ex-presidente, não agrada internamente o PT. De acordo com uma fonte, a maior parte o trata como uma “Dilma de calças”, em referência à suposta falta de traquejo político da ex-presidente.

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Wagner, ao contrário, é visto como um petista “de raiz”, com carisma e traquejo político, mas até agora não tinha aceitado ser tratado como plano B. Ele tem defendido em público sempre a candidatura de Lula, desde que foi enquadrado pelo PT ao defender, em Curitiba, que o PT deveria pensar em uma alternativa fora do partido que pudesse unir as esquerdas.

 

No entanto, a interlocutores próximos, Wagner continua defendendo a mesma posição, mas admite que pode acabar cedendo à pressão.

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