Ricardo Teixeira e o presidente do Barcelona: negócios obscuros
Rede Record revela proximidade entre o espanhol Sandro Rossell e o presidente da CBF em empresas fantasmas
247_Depois de aprofundar seu conhecimento sobre a personalidade de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pelas páginas da revista Piauí, novas informações mostram os negócios obscuros do dirigente máximo do futebol nacional, que tem como missão organizar a Copa do Mundo de 2014 no País. No Jornal da Record desta terça-feira 12, o jornalista Luiz Carlos Azenha revelou a perigosa proximidade entre Teixeira e o espanhol Sandro Rossell, presidente do Barcelona, um dos maiores clubes de futebol do mundo. Rossell está na Argentina ao lado de Teixeira e acompanha, de perto, os passos do Brasil – inclusive com privilégios de frequentar o vestiário, onde pode encontrar Neymar, sonho de consumo do time espanhol.
A amizade não se limita à vida privada dos dirigentes. Segundo a emissora, Teixeira e Rossell são sócios em duas empresas que utilizam o nome da Seleção Brasileira para fechar negócios pouco transparentes. A Brasil 100% Marketing, que não tem sede física, foi acusada por dirigentes alemães de leiloar o destino da equipe na Copa do Mundo de 2006. Quem pagasse mais poderia hospedar a equipe. A Ailanto Marketing, que tem uma sala comercial fechada, recebeu R$ 9 milhões para organizar um jogo do Brasil no Distrito Federal, em 2008. O problema é que a federação local pagou todos os custos e a empresa de marketing não desembolsou um tostão sequer.
Rossell e Teixeira se conheceram em meados dos anos 1990, quando o publicitário espanhol trabalhava na área de marketing da Nike. Em 96, quando a empresa de material esportivo fechou o primeiro contrato milionário com a Seleção, Rossell acertou os detalhes do contrato pessoalmente com Teixeira, que o entregou a exclusividade de explorar a marca Brasil por longos 10 anos. A partir daí, a relação entre eles se tornou próxima na vida particular e na financeira. No lazer, eles viajaram juntos em um luxuoso iate, com custo semanal de 100 mil euros, pela Europa em 2006, logo depois de o Brasil ter sido eliminado da Copa do Mundo. Nos negócios, eles prosperaram com contratos obscuros e empresas fantasmas.
Nessa sociedade, um terceiro nome é o responsável por cuidar das finanças. Claudio Honigman, considerado um brilhante operador do mercado financeiro, mas que sempre esteve envolvido em operações suspeitas. Ele, por exemplo, fez um acordo com a Justiça americana no final dos anos 90 para evitar a continuidade de um processo que o acusava de tentativa de manipulação do preço das ações no Brasil. Na época, Honigman trabalhava em Nova York no banco Bear Stearns. Claudio está desaparecido há alguns anos, segundo pessoas próximas. Sua esposa e filhos, que hoje vivem no Chile, estão à sua procura.
A Rede Record mostrará, nesta quarta-feira, mais uma parte do desdobramento do enriquecimento de Teixeira e seus amigos. Veja, abaixo, a reportagem desta terça-feira do Jornal da Record. E se você não leu o que o presidente da CBF falou à Piauí, clique aqui.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: