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Ricardo Teixeira e Tam: relação nebulosa

Companhia area fez um negcio complexo e confuso com uma aeronave particular que beneficiou apenas o presidente da CBF; Folha de S.Paulo traz reportagem neste domingo

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247_Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e a Tam fizeram um negócio complexo e confuso pouco tempo antes de a companhia aérea passar a ser uma das patrocinadoras oficiais da Seleção Brasileira – no ano passado, a receita da CBF só com a Tam foi de R$ 6,4 milhões. Mas, antes de aparecer como a transportadora oficial do futebol brasileiro, a empresa fundada pelo comandante Rolim Amaro aceitou vender um jato particular, modelo Cessna para Teixeira por US$ 12,5 milhões e receber um avião usado que teria valor estipulado em US$ 7,9 milhões. O problema é que a aeronave pertencia à fabricante Cessna (representada no País pela Tam Táxi Aéreo) e não ao dirigente da CBF, relatam Elvira Lobato e Julio Wiziack na Folha de S.Paulo, neste domingo. “A Tam propôs vender a Teixeira uma aeronave zero, aceitando o jato usado PT-XIB, pertencente à própria Tam, como parte do pagamento”, diz o texto.

O negócio é mais um imbróglio na gestão de Ricardo Teixeira à frente da CBF. Nessa operação com a Tam estão envolvidos os nomes de Cláudio Honigman e Sandro Rosell, sócios de Teixeira nas empresas de marketing Brasil 100% Marketing, que fechou as portas, e Ailanto, que negociou alguns amistosos da Seleção e foi responsável pela estadia da equipe na Copa da Alemanha, em 2006. Honigman é um conhecido operador do mercado financeiro, enquanto que o espanhol Rosell é o atual presidente do Barcelona.

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O que parece um simples acordo de compra e venda tem uma nuvem negra no meio do negócio. Ricardo Teixeira não recebeu a aeronave encomendada e a Tam vendeu, por um preço não revelado, o antigo Cessna PT-XIB – que seria utilizado por Teixeira como parte do pagamento – para a empresa Brasil 100% Marketing. A partir daí, o avião foi negociado novamente, agora com a Ailanto, por US$ 4 milhões ou R$ 8 milhões (para valores da época). Lembre-se que as empresas fazem parte dos negócios particulares do presidente da CBF.

A confusão não para por aí. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Cessna PT-XIB só foi registrado em agosto de 2009 pela Ailanto, por R$ 17,8 milhões. Três meses depois, avião foi negociado novamente, agora com a Beydoun International, por US$ 4 milhões. Rui Thomaz Aquino, que era o responsável dentro da Tam pelos contratos de aluguel e vendas de aeronaves da Cessna, virou sócio da Beydoun dois meses depois da conclusão da transação. A Tam Táxi Aéreo, braço de jatos particulares da Tam, confirmou que enviou a proposta para Ricardo Teixeira, mas “o negócio não foi concluído e a aeronave PT-XIB foi entregue à Brasil 100% Marketing em janeiro de 2008”. O presidente da CBF, por meio do assessor de imprensa Rodrigo Paiva, negou ter recebido a proposta e de ser dono do Cessna PT-XIB. E Rui de Aquino disse que se aposentou em 2009.

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